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Cavaco considera "ultrapassada" hipótese de crise política que seria "dramática" (act)

O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que a estabilidade política é "da maior importância" para Portugal, considerando estar "ultrapassada" a "eventualidade" de uma crise política, que seria "dramática" para o País.

21 de Setembro de 2012 às 13:31

Contudo, Cavaco Silva disse pensar que a "eventualidade" de uma crise política "está ultrapassada".

"Seria dramático para Portugal, e cada um, de certeza, está consciente do que é que sucederia a Portugal, se juntássemos às dificuldades de financiamento externo uma crise política", argumentou.

O resultado, segundo o Chefe de Estado, aludindo indirectamente à situação da Grécia, seria apenas um: "Resvalaríamos, inevitavelmente, para a situação em que se encontra um outro país europeu".

Cavaco Silva foi questionado sobre a concentração de trabalhadores que, à sua chegada, se manifestava na zona do complexo fabril da Embraer. Os participantes no protesto encontravam-se a algumas centenas de metros de distância e a comitiva do PR não passou nessa área.

"Estamos numa democracia e, portanto, todas as pessoas têm a liberdade de fazer ouvir a sua voz, desde que cumpram a lei", disse, reforçando, perante outra pergunta dos jornalistas, que "a estabilidade política é da maior importância".

Uma mensagem em que insistiu quando instado a comentar a decisão, anunciada quinta-feira, das direcções do PSD e do CDS de criar o Conselho de Coordenação da Coligação.

"A estabilidade política é essencial para Portugal. Quando a acções de natureza partidária, o PR não faz qualquer comentário".

"O PR tem que ser o primeiro a actuar ponderadamente, actuar com bom-senso e nunca pode deixar envolver-se em disputas políticas partidárias, porque, se o fizer, com certeza que consegue boas notícias da comunicação social, mas deixa de ter influência sobre as decisões", sustentou.

Aludindo à sua experiência como primeiro-ministro e também como Presidente da República, Cavaco Silva frisou que esta "mostra que um presidente que não mantém alguma equidistância entre as diferentes forças políticas e que tem a tentação de falar muito para a comunicação social não tem qualquer influência sobre as decisões".

E, neste momento, acentuou, "aquilo que interessa é que o Presidente da República possa ajudar o país a ultrapassar o momento difícil que atravessa".

"Por isso, compreendem que eu seja ponderado, cuidadoso na utilização das palavras, porque o país está muito à frente do que qualquer exposição mediática", argumentou.

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