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Costa descreve assinatura da adesão de Portugal à UE como "passo decisivo"

Também em Bruxelas, a comissária europeia para os Serviços Financeiros e a União da Poupança e dos Investimentos, Maria Luís Albuquerque, disse aos jornalistas portugueses que estes são "40 anos de um caminho partilhado, feito de progresso, solidariedade, e, acima de tudo, de pertença".

António Costa defende acordo UE-Mercosul e relações com América Latina
António Costa defende acordo UE-Mercosul e relações com América Latina Isaac Fontana / Lusa-EPA
12 de Junho de 2025 às 09:33

O presidente do conselho Europeu, António Costa, descreveu esta quinta-feira a assinatura do tratado de adesão de Portugal e também de Espanha à então Comunidade Económica Europeia (CEE), hoje União Europeia (UE), como um "passo decisivo" para estes países.

"Hoje estarei em Lisboa e Madrid para assinalar os 40 anos da assinatura dos tratados de adesão de Portugal e Espanha à CEE. Um passo decisivo para duas jovens democracias e um marco que reafirmou a integração europeia como um projeto de valores partilhados, de prosperidade e de paz", escreveu António Costa, numa publicação na rede social X.

Também em Bruxelas, a comissária europeia para os Serviços Financeiros e a União da Poupança e dos Investimentos, Maria Luís Albuquerque, disse aos jornalistas portugueses que estes são "40 anos de um caminho partilhado, feito de progresso, solidariedade, e, acima de tudo, de pertença".

"Ao assinar o Tratado de Adesão, Portugal abraçou um projeto que era, e continua a ser, muito mais do que uma união económica ou política. A Europa é um espaço de liberdade, de democracia, de paz e de oportunidades e Portugal faz parte, desde esse momento, da construção desse projeto comum", salientou Maria Luís Albuquerque.

Frisando que "Portugal mudou e mudou para melhor", a responsável portuguesa descreveu porém um caminho contínuo, para o qual é agora "fundamental que a Europa aja de forma unida e determinada", perante "um mundo mais instável, imprevisível e competitivo".

O Mosteiro dos Jerónimos acolhe hoje uma cerimónia evocativa da assinatura do Tratado de Adesão à CEE, que contará com intervenções do Presidente da República, do primeiro-ministro e do presidente do Conselho Europeu.

Nesta data, há 40 anos, o então primeiro ministro português, Mário Soares, assinou o documento que viria a concretizar a entrada de Portugal na CEE a 01 de janeiro de 1986, numa cerimónia que também decorreu no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Poucos anos após a Revolução dos Cravos, este marco representou o reforço da democracia portuguesa e o arranque da sua modernização económica e social financiada pelas verbas comunitárias, com as novas infraestruturas e a livre circulação a darem um novo fôlego ao país.

Apesar de a austeridade entre 2011 e 2014 ter causado tensões entre Lisboa e Bruxelas, os portugueses são dos mais europeístas e dos que mais confiam no projeto europeu, segundo recentes estudos de opinião.

Durante a cerimónia, será assinada a Declaração de Lisboa, que "reafirma a vocação europeia de Portugal e o contributo português para o aprofundamento da União", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

As comemorações da adesão de Portugal prolongam-se até 2026 -- a entrada efetiva ocorreu em 01 de janeiro de 1986 -, e pretendem assinalar "40 anos de sucesso", mas também "lançar as sementes do futuro", disse à Lusa o comissário das celebrações Carlos Coelho, ex-eurodeputado e atual vice-presidente do PSD.

Além das intervenções de António Costa, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, Luís Montenegro, também está previsto um discurso do antigo presidente da Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro português, José Manuel Durão Barroso.

Será ainda exibido um vídeo evocativo da assinatura do Tratado onde serão destacados Mário Soares e Ernâni Lopes, então primeiro-ministro e ministro das Finanças, respetivamente -- ambos já falecidos.

Na assinatura de há 40 anos, participaram também Rui Machete, então vice-primeiro-ministro, e Jaime Gama, na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros.

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