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FMI: Portugal não pode aspirar a reduções dramáticas de dívida pública

Reduzir a dívida pública num contexto adverso não é fácil, mas é possível. A Itália já o fez nos anos 90. Esta é a conclusão do FMI aplicada a Portugal a partir do mais recente estudo do FMI sobre redução de dívida pública.

27 de Setembro de 2012 às 16:00

Portugal enfrenta um conjunto de condições muito adversas para conseguir travar o crescimento da dívida pública conclui-se do trabalho conduzido pelos economistas de Washington: dívida pública muito elevada, juros altos, sector financeiro fragilizado e envolvente externa negativa são apontados como factores que podem impossibilitar o sucesso das estratégias de redução de dívida. Portugal enfrenta todos eles.

Reconhecendo as dificuldades que se colocam ao País, Simon defende contudo que o sucesso não é impossível, apontando para o caso italiano nos anos 90: “A Itália conseguiu reduzir o seu nível de dívida de 120% do PIB para 100% ao longo de uma década”. “Se conseguirem o apoio monetário e aplicarem as mudanças orçamentais necessárias, poderão esperar progressos”, defendeu.

O artigo titulado “The Good, The Bad and the Ugly: 100 years of dealing with public debt overhangs” foi publicado como um capítulos analíticos do World Economic Outlook, a análise semestral do FMI à economia mundial. Os capítulos 1 e 2, que incluem as novas previsões de crescimento e as análises à realidade económica financeira mundial, serão publicados no dia 9 de Outubro.

Questionado sobre a situação da UE e dos países da periferia europeia, John Simon foi cuidadoso nas respostas: “O que a nossa investigação mostra é que há um equilíbrio de políticas difícil de conseguir”, mas também que “há uma luz ao fundo do túnel” para os países europeus. A análise ao último século mostra que houve “países que reduziram a dívida em circunstâncias difíceis”, como as de hoje, pelo que há “razões para optimismo”, o que “não quer dizer que seja possível sem dor”, afirmou.

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