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Governo angolano prepara-se para aplicar taxa de turismo a visitantes internacionais

O ministro do Turismo de Angola, Márcio Daniel, frisou que é uma medida estruturante que vai "revolucionar o modo de financiamento do setor do turismo".

Márcio Daniel, ministro do Turismo de Angola, anuncia taxa turística para visitantes
Márcio Daniel, ministro do Turismo de Angola, anuncia taxa turística para visitantes DR
23 de Dezembro de 2025 às 19:43

O Governo angolano vai criar a taxa do turismo, que passa a cobrar a turistas internacionais 5% da diária que pagam a empreendimentos turísticos, pela dormida, com um limite de até sete dias.

Segundo o ministro do Turismo de Angola, Márcio Daniel, o Conselho de Ministros analisou hoje seis diplomas legais para corporizar e materializar a aprovação recente do Simplifica Turismo, o programa do Governo de simplificação de procedimentos na administração pública.

Entre estes diplomas, foi analisada a Proposta de Lei de Autorização Legislativa que permite ao Presidente da República aprovar o Regime Jurídico da Contribuição Especial para o Turismo, incluindo a criação de um tributo aplicável às dormidas de turistas internacionais até sete noites.

Márcio Daniel frisou que é uma medida estruturante que vai "revolucionar o modo de financiamento do setor do turismo".

"Esta taxa que nós estamos a propor que se crie é aplicável aos turistas internacionais que estejam hospedados num empreendimento turístico, hotel, resort, lodges, etc, por um período de até sete dias", avançou.

"Ou seja, a taxa aplica-se aos turistas internacionais pela dormida com um limite de até sete dias e o valor da taxa é de 5% da diária cobrada pelo empreendimento", acrescentou.

O governante angolano disse ainda que foi também aprovada pelo Conselho de Ministros a Proposta de Decreto Presidencial que cria a Estratégia do Turismo de Eventos, para Angola tirar proveito dos investimentos de grande dimensão nacional, regional e continental, que está a realizar nos últimos anos.

"Referimo-nos ao Aeroporto Internacional António Agostinho Neto (AIAAN), estamos a finalizar a construção de um grande centro de conferências, de convenções, na zona da Chicala, [e] para tirar proveito destas infraestruturas é crucial que exista uma estrutura que fique responsável por atrair para Angola o máximo possível de eventos", frisou.

O governante angolano sublinhou que esta estratégia passa pela criação de um Bureau de Convenções, que vai ficar sob a responsabilidade do Ministério do Turismo, dedicado a atrair para Angola eventos de natureza pública e privada.

"Assim, as infraestruturas que estão a ser edificadas não vão ficar às moscas, sem qualquer tipo de evento", referiu o ministro, enfatizando que Angola, para ter o dinamismo do mercado MICE (Meeting Incentives, Conferences and Exhibitions), "precisa da criação desse Bureau de Convenções".

Atualmente, o contexto africano é dominado pela África do Sul, com a Cidade do Cabo a liderar, e Ruanda, Quénia, Egito e Marrocos como os países que se destacam na atração de eventos, descreveu Márcio Daniel.

O Conselho de Ministros aprovou também a Proposta de Decreto Presidencial que cria as medidas para o desenvolvimento do turismo marítimo, mais concretamente o turismo de navios cruzeiros, para que Angola tire vantagens dos portos de Luanda, do Namibe e do Lobito, com capacidade para receção de navios cruzeiros.

O titular da pasta do Turismo em Angola destacou que esta estratégia visa dar a conhecer o potencial infraestrutural angolano, apresentar o conjunto de atratividade, bem como posicionar o país "como um destino forte em matéria de navios de cruzeiro".

"Em África, os portos de Walvis Bay, na Namíbia, e de Cape Town, atraem boa parte do tráfego de navios cruzeiros e passam pela nossa costa", disse.

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