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Jardim diz desconhecer os números da dívida da Região

O presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, garantiu hoje desconhecer os números da dívida pública da Madeira porque "não estão completamente apurados", dizendo que este processo "vai levar algum tempo".

14 de Setembro de 2011 às 20:00

A questão não é estar a brincar aos números, que pelo que vejo na cabeça de muita gente, variam todos os dias", disse Alberto João Jardim na inauguração de mais uma Feira da Indústria da Construção (FIC), no Funchal.

E acrescentou: "Até eu não posso pô-los porque não estão completamente apurados, porque há dívidas que não nos foram pagas, há dívidas que ainda não pudemos pagar e, portanto, é escusado estarem aí a esgrimir quando, nada está definitivo, nada está apurado".

Jardim adiantou que isso "vai levar algum tempo", sublinhando que o pedido de apoio para resolver a situação enviado ao Governo da República não pode ser "apenas uma solução contabilística".

"Pretendo é que primeiro a banca não esteja a funcionar como um impedimento à assistência que é devida à actividade económica", sustentou, defendendo que "tem que haver autoridade sobre a banca e esta tem que obedecer às orientações do Estado".

Segundo o governante madeirense, se há ajuda financeira para resolver a situação nacional, quer "também que a questão a Madeira venha a ser resolvida no sentido de poder continuar a avalancar a autonomia", considerando serem fundamentais o sector da construção civil e a Zona Franca da Madeira.

"Todos estes mecanismos são necessários para que se possa recuperar a economia da Madeira, senão vamos estar aqui num mero exercício contabilístico e para isso não era preciso a intervenção de autoridades estranhas", argumentou.

O líder madeirense reafirmou que a região chegou a esta situação e "teve que haver uma dívida para não cair no ardil daqueles que queriam parar a região".

"Assumo que a fiz, tenho muita honra em ter escolhido essa alternativa e não me ter deixado vencer pela alternativa que era derrotar a Região, o povo madeirense e parar com a vida económica na Madeira", declarou.

Jardim frisou que a actual crise tem como origem o facto de a Europa ter deixado o poder financeiro sobrepor-se à economia, opinando que "isto não endireita apenas com as medias orçamentalistas que estamos a ver ser praticadas em sede da União Europeia e também impostas a Portugal".

"Sem crescer a economia, não há receitas para se poder endireitar as finanças", referiu, destacando a importância do sector da construção civil.

A FIC, a maior feira do sector da construção civil da Madeira, é organizada pela associação dos empresários, a Assicom, este ano tem como palco a avenida Arriaga no Funchal, e reúne 57 empresas, distribuídas por 61 pavilhões e 171 metros quadrados de área livre.

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