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Marcelo rejeita que haja excessiva polarização nem democracia em causa

Interrogado se o incomodava que um candidato presidencial, Henrique Gouveia e Melo, tivesse tido agenda enquanto decorria esta cerimónia do 10 de Junho, o chefe de Estado respondeu que "os candidatos têm de fazer pela vida".

Marcelo Rebelo de Sousa discursa em Lagos no Dia de Portugal
Marcelo Rebelo de Sousa discursa em Lagos no Dia de Portugal Lusa
10 de Junho de 2025 às 15:05

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou hoje que haja excessiva polarização política em Portugal, considerando que há diferentes pontos de vista, mas sem que a liberdade e a democracia estejam em causa.

"O país não se pode dizer que esteja muito polarizado. Os portugueses polarizados estavam, porventura, quando houve a sucessão de regimes, monarquia e república, quando houve o problema de ditadura e democracia", declarou o chefe de Estado à comunicação social, em Lagos.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, nesses períodos históricos, sim, houve "polarizações totais", mas o contexto interno atual não é extremado nem coloca em causa a democracia.

Marcelo Rebelo de Sousa falava à comunicação social enquanto caminhava a pé, na Avenida dos Descobrimentos, em Lagos, no distrito de Faro, no fim da cerimónia militar comemorativa Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Interrogado se o incomodava que um candidato presidencial, o anterior chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, tivesse tido agenda enquanto decorria esta cerimónia do 10 de Junho, o chefe de Estado respondeu que "os candidatos têm de fazer pela vida".

"Então no Dia de Portugal era estranho que não houvesse ou candidatos que viessem à cerimónia do Dia de Portugal ou candidatos que fossem a outra cerimónia, não podendo vir cá", acrescentou, fazendo alusão à presença de outro candidato presidencial, o antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes, em Lagos.

Questionado sobre o passado colonial de Portugal, que a escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge abordou no seu discurso do 10 de Junho, e se falta assumir culpas, Marcelo Rebelo de Sousa desdramatizou o assunto e até fez uma referência à recente vitória da seleção portuguesa de futebol, no domingo à noite, contra a Espanha.

"Nós portugueses, ao mesmo tempo que reconhecemos os méritos, também reconhecemos que há coisas que correram mal na nossa vida interna, nas nossas relações externas. É assim, não há ninguém sem defeitos, é humano ter defeitos. Agora, o que é importante é ter qualidades em momentos fundamentais, e ainda no outro dia se viu, há dois dias, que em momentos cruciais nós temos as qualidades suficientes para ganhar", referiu.

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