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Morreu Jane Goodall, aos 91 anos

A investigadora e ativista pela conservação da natureza revolucionou a ciência moderna.

Jane Goodall numa conferência magistral em Málaga sobre 'Esperanza en Acción'
Jane Goodall numa conferência magistral em Málaga sobre "Esperanza en Acción"
01 de Outubro de 2025 às 19:30

Jane Goodall, primatologista que estudou a fundo os comportamentos dos chimpanzés, morreu esta quarta-feira aos 91 anos de causas naturais, anunciou o Instituto Jane Goodall.

“O trabalho de Goodall revolucionou a ciência. Foi uma defensora incansável da proteção e recuperação do nosso mundo natural”, lê-se no comunicado, citado pela NBC News. "Jane Goodall, embaixadora das Nações Unidas para a paz e fundadora do instituto, morreu de causas naturais. Encontrava-se na Califórnia no âmbito de uma digressão pelos Estados Unidos", informa a organização com o seu nome.

Na década de 60 do século XX, Goodall liderou uma investigação na Tanzânia, tendo observado de perto o comportamento dos chimpanzés. Teorizou sobre os seus comportamentos e chegou à conclusão que em muito se assemelhavam aos dos humanos. Na sequência dos seus estudos ficou assente que estes primatas comunicam entre si, têm traços característicos de personalidade e são capazes de utilizar ferramentas para facilitar tarefas diárias, como comer ou criar abrigo.

No artigo que a tornou famosa, publicado em 1963 na National Geographic Society, Goodall revelava como Flo, David Greybeard, Fifi e outros chimpanzés que passou três anos a estudar demonstravam emoções e capacidades cognitivas que até então nunca tinham sido observados fora da espécie humana.

Mas a forma como Goodall realizou a sua investigação - aproximando-se de tal forma dos chimpanzés que estes como que a aceitaram como uma deles - era pouco ortodoxa na ciência até à altura. Mas a jovem de 26 anos nem era formada em etologia (comportamento social e individual dos animais no seu ambiente natural), tendo-se doutorado anos mais tarde nesta ciência. 

Ao longo das décadas continuou o seu trabalho de campo ao mesmo tempo que começava a sua carreira como ativista em defesa da natureza e da conservação das espécies e habitats. Em 1977, fundou o Instituto Jane Goodall, dedicado à proteção dos chimpanzés e das suas florestas.

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