Morreu o antigo ministro da Justiça Laborinho Lúcio
Laborinho Lúcio tutelou a pasta da Justiça entre 1990 e 1995, em governos liderados por Cavaco Silva.
O antigo ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio morreu hoje aos 83 anos em casa, confirmou à agência Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira.
Segundo o autarca, o corpo de Laborinho Lúcio vai ficar hoje numa capela em Coimbra, sendo depois transportado para outra na Nazaré, no distrito de Leiria.
Laborinho Lúcio foi secretário de Estado da Administração Judiciária e ministro da Justiça em 1990, durante o governo de Cavaco Silva, e Ministro da República para os Açores, em 2003, durante a Presidência de Jorge Sampaio.
Foi também Procurador da República junto do Tribunal da Relação de Coimbra, inspetor do Ministério Público, Procurador-Geral-Adjunto da República, diretor da Escola da Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários.
Na Câmara Municipal da Nazaré, foi presidente da Assembleia Municipal, durante o mandado do executivo de Jorge Barroso (PSD).
Mais recentemente, compôs a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa.
A notícia da morte de Laborinho Lúcio foi avançada inicialmente pela CNN.
Álvaro Laborinho Lúcio nasceu na Nazaré a 01 de dezembro de 1941. Na juventude, foi ator amador, tendo participado na criação do Grupo de Teatro da Nazaré.
Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito e obteve o Curso Complementar de Ciências Jurídicas.
Laborinho Lúcio foi membro, entre outras, de associações como a APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e a CRESCER-SER, de que é sócio fundador.
Entre 2013 e 2017, foi Presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho e membro Eleito da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.
Laborinho Lúcio estreou-se na escrita de ficção narrativa em 2014, com "O Chamador", na Quetzal, editora pela qual lançou mais quatro títulos até ao ano passado: "O Homem que Escrevia Azulejos", "O Beco da Liberdade", "As Sombras de uma Azinheira" e o livro de crónicas e outros textos "A Vida na Selva".
Já este ano, em março, editou, pela Zigurate, com Odete Severino Soares e ilustrações de Catarina Sobral, o livro "Marília ou a Justiça das Crianças".
Foi condecorado em 2005 pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.
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