Salários só refletem metade dos aumentos da contratação coletiva
Quando uma convenção coletiva é atualizada, há aumentos refletidos na íntegra e outros que quase não se sentem. Em média, o impacto é de 0,5, conclui um estudo do prémio Nobel David Card e da investigadora Ana Rute Cardoso sobre Portugal.
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Quando os salários mínimos legais das diferentes categorias de uma convenção coletiva são atualizados, há empresas e trabalhadores que sentem os aumentos na íntegra e outros que, por receberem mais – devido à chamada “almofada salarial” – quase não os sentem. Em média, no conjunto da economia, “a taxa de ‘transmissão’ dos aumentos salariais da contratação coletiva para o salário-base efetivo é de 0,5”, ou seja, de cerca de metade, conclui um estudo assinado pelo professor da Universidade de Berkeley David Card, distinguido no ano passado com o Nobel da Economia, e pela investigadora do Instituto de Ciências Sociais (ICS) Ana Rute Cardoso, sobre o mercado de trabalho português.
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