Sindicatos da banca querem aumentos de 3% em 2010
A Federação Sindical do Sector Financeiro (Febase) foi mandatada para negociar os aumentos salariais dos bancários do próximo ano, com base numa proposta de 3% que começa hoje a ser enviada à banca.
A Federação Sindical do Sector Financeiro (Febase) foi mandatada para negociar os aumentos salariais dos bancários do próximo ano, com base numa proposta de 3% que começa hoje a ser enviada à banca.
O mandato foi formalizado numa reunião realizada terça-feira, em que os três sindicatos dos bancários da UGT delegaram na nova estrutura sindical a negociação salarial anual. "A Febase está a dar os seus primeiros passos e por isso vai assumir a negociação salarial do próximo ano", disse à agência Lusa Paulo Alexandre, da direcção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.
A nova federação sindical, criada há cerca de um ano, integra, além dos sindicatos dos bancários, os sindicatos dos seguros da UGT. Até agora, as negociações com a banca eram sempre asseguradas pelos três sindicatos dos bancários: o do norte, o do centro e o do sul e ilhas.
A Federação vai enviar a proposta salarial de 3% à Associação Portuguesa de Bancos, ao Banco de Portugal, à Caixa Geral de Depósitos e ao BCP. Se forem conseguidos acordos nestas instituições bancárias, serão abrangidos pelos respectivos aumentos salariais cerca de 40.000 trabalhadores bancários, disse Paulo Alexandre.
Os sindicatos dos bancários optaram por seguir o referencial de 3% que a UGT aprovou como indicativo para a contratação colectiva. Normalmente o sector privado toma como referência o aumento estabelecido para a função pública, cuja negociação ainda não começou.
As estruturas sindicais da administração pública ainda não formalizaram as suas propostas salariais mas a Frente Sindical da Administração Pública e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado devem seguir os 3% defendidos pela UGT. Já a Frente Comum (CGTP) tem em discussão uma proposta de aumentos de 4,5%. O caderno reivindicativo da CGTP defende que os aumentos salariais do próximo ano sejam pelo menos dois pontos percentuais acima da inflação.
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