Tribunal da Relação rejeita pedido de Isaltino para afastar juíza
O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou hoje o pedido do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, para afastar a juíza de primeira instância que tinha decretado a sua detenção.
Este incidente de recusa da juíza tinha sido apresentado pela defesa do autarca no seguimento da sua detenção ordenada pela magistrada do Tribunal de Oeiras Carla Cardador.
A decisão da Relação surge cinco dias depois do Tribunal Constitucional (TC) ter considerado transitado em julgado o seu acórdão de Outubro que foi desfavorável ao arguido e que levou o autarca a pedir uma aclaração da decisão.
O autarca ainda tem pendente um recurso no Tribunal de Oeiras relativo à eventual prescrição de parte dos crimes de fraude fiscal que levaram à condenação do autarca.
Para o advogado de Isaltino Morais, Rui Elói Ferreira, enquanto existirem questões pendentes em sede de recurso não deve ser ordenada a detenção do autarca de Oeiras, mas admitiu que essa possa acontecer dado que o acórdão do TC transitou em julgado.
O ex-ministro do ambiente foi condenado em 2009 a sete anos de prisão e à perda de mandato autárquico por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para ato ilícito e branqueamento de capitais. Posteriormente, a pena foi reduzida para dois anos pelo Tribunal da Relação.
Em maio, o Supremo Tribunal de Justiça rejeitou um pedido de anulação da pena de dois anos de prisão efectiva e fez subir para o dobro a indemnização cível a que estava sujeito a pagar.
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