Trump quer corte imediato das taxas. Culpa Powell por possível abrandamento da economia
Insurgindo-se novamente contra os alertas do líder da Fed, o Presidente dos EUA diz que é necessário um "corte preventivo" nas taxas de juro de forma a evitar o abrandamento da economia, alegando que não há virtualmente inflação.
Em resposta aos alertas do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, sobre o abrandamento da economia e do emprego e da possível aceleração da inflação no seguimento da política de tarifas, Donald Trump pede "cortes preventivos das taxas de juro" ao banco central.
"’Cortes preventivos’ das taxas de juro estão a ser pedidos por muitos", escreveu o Presidente dos EUA. "Com os custos da energia bastante baixos, os preços dos alimentos (incluindo o desastre dos ovos de Biden) substancialmente mais baixos e a maior parte das outras ‘coisas’ a descer, não há virtualmente inflação", argumenta Trump.
Caso contrário, o Presidente dos EUA deixa inclusivamente o alerta de que "pode haver um abrandamento da economia a não ser que o Sr. Atrasado [referindo-se a Powell], um grande perdedor, corte as taxas de juro agora", escreve Trump na sua rede social.
Trata-se de um novo ataque de Donald Trump ao presidente da Fed, depois de na quinta-feira ter referido que "mal pode esperar pelo final do seu mandato", e que não "está satisfeito com o seu trabalho", dizendo mesmo que "se pedir para ele se afastar, ele afasta-se", colocando em causa a independência do banco central.
Trump recorda no seu post mais recente que o BCE já cortou sete vezes as taxas de juro – embora o nível de inflação na Zona Euro seja mais baixo do que nos EUA - e que Powell agiu sempre "demasiado tarde", acusando-o de só ter cortado as taxas de juro em período eleitoral para tentar ajudar Joe Biden e, mais tarde, Kamala Harris, a serem eleitos.
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