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UE/Cimeira: Montenegro garante posição forte entre líderes para pedir fim do "flagelo humanitário" em Gaza

Os líderes europeus vão hoje discutir o apoio à Ucrânia face à invasão russa e pedir uma solução diplomática para o Médio Oriente, entre Israel e Irão, após uma cimeira da NATO centrada no reforço militar.

Luís Montenegro defende fim do 'flagelo humanitário' em Gaza na cimeira europeia em Bruxelas
Luís Montenegro defende fim do "flagelo humanitário" em Gaza na cimeira europeia em Bruxelas Olivier Matthys / Lusa-EPA
26 de Junho de 2025 às 10:35

O primeiro-ministro garantiu esta quinta-feira existir uma "posição forte" entre os líderes da União Europeia (UE) para instalar ao fim do "flagelo humanitário" em Gaza, devido à ofensiva israelita, esperando colaboração das partes envolvidas no conflito para assegurar assistência.

"Eu creio que há uma posição muito forte do Conselho [Europeu] relativamente à necessidade de se pôr cobro às dificuldades que são, de facto, gravíssimas, intoleráveis no apoio humanitário", disse Luís Montenegro, chegando à cimeira europeia, em Bruxelas.

Falando aos jornalistas portugueses à entrada para este Conselho Europeu, no qual será discutida a instabilidade no Médio Oriente, o chefe de Governo acrescentou: "Desse ponto de vista, espero, sinceramente, que as partes possam colaborar de maneira a terminar com o flagelo humanitário que hoje afeta a região de Gaza".

Os líderes europeus vão hoje discutir o apoio à Ucrânia face à invasão russa e pedir uma solução diplomática para o Médio Oriente, entre Israel e Irão, após uma cimeira da NATO centrada no reforço militar.

Os chefes de Governo e de Estado da UE reúnem-se em Bruxelas naquela que é a terceira reunião ordinária presidida pelo atual presidente do Conselho Europeu, António Costa, sendo à semelhança das anteriores muito marcada pela atualidade geopolítica.

Previsto está que apelem à contenção das tensões no Médio Oriente, que têm vindo a intensificar-se devido à recente escalada militar entre Israel e o Irão e à deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza pela ofensiva israelita.

Um documento da diplomacia comunitária, discutido na segunda-feira pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco europeu, admite indícios que Israel terá violado o acordo de associação com a UE, especificamente o artigo 2.º, sobre obrigações de respeitar os direitos humanos, com as suas ações em Gaza.

Esse relatório será discutido pelos líderes da UE, sendo que o ponto mais difícil da cimeira europeia deverá precisamente prender-se com estas conclusões. Alguns Estados-membros veem como "inaceitável o uso desproporcionado da força por parte de Israel" e querem ver isso refletido no texto, enquanto outros países se recusam a apontá-lo, segundo fontes diplomáticas ouvidas pela Lusa.

De acordo com o mais recente rascunho das conclusões deste Conselho Europeu a que a Lusa teve acesso, texto que terá ainda de ser aprovado, os líderes da UE vão destacar "a catastrófica situação humanitária em Gaza e os últimos desenvolvimentos no que respeita ao Irão".

Portugal está representado na reunião pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

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