Desemprego aumentou para máximos de quase quatro anos no primeiro mês do segundo confinamento
O mercado de trabalho deu sinais negativos em janeiro, com o número de desempregados inscritos nos centros de emprego a aumentar em mais de 20 mil no espaço de um mês, atingindo máximos de maio de 2017.
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De acordo com os dados publicados esta segunda-feira pelo IEFP, no fim do mês de janeiro de 2021 estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 424.359 indivíduos desempregados.
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Os dados de janeiro mostram um aumento de 32,4%, ou mais de 100 mil, contra janeiro de 2020. Face a dezembro, o aumento foi de 5,5%, o que representa mais 22.105 pessoas desempregadas.
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Foi o segundo mês consecutivo de aumentos e uma aceleração no ritmo de crescimento, que estava relativamente estável na última metade do ano passado.
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Este forte crescimento para máximos de quase quatro anos poderá estar relacionado com o novo confinamento, que arrancou em meados do mês de janeiro e obrigou muitas empresas a fechar portas, ou a limitar a atividade.
Segundo o IEFP, para o aumento homólogo do desemprego registado "contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário".
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A nível regional, o desemprego registado aumentou em todas as regiões do País, destacando-se o Algarve (+61,3%), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (+45,3%) e da região da Madeira com uma subida de 30%.
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Já no primeiro confinamento, que começou em março de 2020, a região do Algarve foi a mais penalizada com o aumento do desemprego, devido ao forte peso do turismo na economia da região.
No que diz respeito às ofertas de emprego por satisfazer, no final de janeiro totalizavam 10.735 em todos os centros de emprego em Portugal, o que corresponde a uma queda de 1.934 (-15,3%) em termos homólogos e uma diminuição mensal de 127 (-1,2%).
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