Desemprego registado em mínimos desde 2008. Maior quebra é no Algarve
O número de desempregados oficialmente registados como tal nos centros de emprego caiu para 416 mil pessoas, número que volta a ser o mais baixo desde o final de 2008. A quebra é de 16% em termos homólogos e de 0,5% face ao mês anterior, reduções menos expressivas do que as que foram registadas nos últimos meses.
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Também o número de novos desempregados inscritos ao longo do mês (o chamado "fluxo) continua a cair 8,3% em termos homólogos, apesar de ter aumentado face ao mês anterior (5,1%) de acordo com os dados oficiais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Ao longo do mês de Julho inscreveram-se nos centros de emprego mais de 43 mil pessoas.
Maiores quebras no Algarve e na construção
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Foi no Algarve que se registou a maior quebra do número de desempregados inscritos, mesmo quando a análise é feita face a período homólogo: a redução foi de 26,9%, bastante superior à média nacional (de 16,4%).
Em relação ao mês de Junho, o desemprego registado caiu 6,5% no Algarve, tendo aumentado no Alentejo (+1%) e de forma mais ligeira no Centro (0,2%).
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Nem todos os desempregados se inscrevem nos centros de emprego, sobretudo quando não têm acesso ao subsídio de desemprego.
Os dados oficiais do INE relativos ao segundo trimestre do ano apontavam para 461 mil pessoas oficialmente consideradas desempregadas e já revelava o contribuito da hotelaria e restauração para a criação de emprego nos últimos meses.
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Por sectores, os dados do IEFP revelam que é a construção que regista o maior recuo homólogo do número de desempregados registados (27,7%). Este é também o sector que mais contribui, em termos absolutos, para a quebra de desempregados registados (menos 13 mil pessoas num ano), seguido das actividades imobiliárias (menos 11 mil desempregados registados num ano).
Ofertas e colocações continuam a cair
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Os dados relativos a Julho também confirmam que tem sido menor a intervenção dos centros de emprego no mercado de trabalho: continuam a cair as ofertas (4% ao longo de Julho face a período homólogo) e as colocações (23%).
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O Governo tem relacionado esta redução com o fim de um programa de apoio à contratação que exigia que as ofertas de emprego candidatas ao apoio fossem registadas no IEFP.
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