Amamentação: Vieira da Silva critica "leviana" declaração sobre "tema que sempre foi pacífico"
José António Vieira da Silva considera levianas as declarações da ministra do Trabalho sobre a imposição de limites na redução do horário de amamentação, defendendo que Maria do Rosário Palma Ramalho devia ter sido mais criteriosa nas afirmações que proferiu que, a seu ver, acabam por lançar um "manto negro" sobre quem beneficia da medida.
"São afirmações incompreensíveis e, a mim, surpreende-me, porque conheço a senhora ministra, sei que é uma reputada académica e tive a ocasião de ter vários contactos com ela quando desempenhei funções de ministro. Surpreende-me esta ligeireza, porque estes sistemas são muito sensíveis. Iniciar desta forma a apresentação de um projeto de lei faz-nos pensar o que é que está nos outros pontos todos [da proposta do Governo]", afirmou o antigo ministro do Trabalho e da Segurança Social, em entrevista à Antena 1.
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Para José Vieira da Silva, a declaração da ministra "é, talvez, ainda mais incompreensível do que o texto da proposta de lei, porque a justificação é infeliz e precipitada. Eu diria, até, leviana, porque, não tendo os dados - e é muito difícil tê-los, porque é uma relação entre a empresa e a trabalhadora - é uma espécie de manto negro sobre quem beneficia desta medida".
O socialista sustenta, aliás, que o tema "sempre foi pacífico" para as confederações patronais e afirma que todos os governos sempre procuraram maior conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional.
Numa entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias, a ministra afirmou haver abusos de mães na utilização do direito à dispensa para amamentação dos filhos e considerou difícil compreender que crianças com mais de dois anos tenham de ser amamentadas durante o horário de trabalho.
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