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Mário Mourão: “O Governo encostou a UGT à parede”

O secretário-geral da UGT, que aprovou a primeira greve geral com a CGTP desde 2013, afirma que foi pressionado a garantir um acordo para evitar que o anteprojeto sobre a lei laboral siga para o Parlamento, sem alterações, a seguir à votação final do orçamento.

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UGT diz que foi 'encostada à parede' pelo Governo
21:00

O líder da UGT, central sindical que avançar para uma greve geral com a CGTP a 11 de dezembro, justifica a decisão com as propostas de alteração ao Código do Trabalho e com a forma como o Governo conduziu as negociações, em especial nas últimas semanas.

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Mário Mourão mostra-se convicto de que a intenção do Governo era ou é a a de submeter a proposta de lei ao Parlamento logo a seguir à aprovação final do orçamento do Estado, a 27 de novembro.

O Governo encostou a UGT à parede. Não vou dizer como. E a partir desse momento nós viemos para a UGT, saímos da reunião, e no dia seguinte fiz a reunião do secretariado executivo e disse: meus amigos, ontem passou-se isto, e nós temos que passar à fase seguinte, porque aquilo que percebemos é que o Governo vai levar a proposta tal como está para a Assembleia da República. A não ser que a UGT se comprometa a fazer um acordo. Mas nós não damos cheques em branco”, afirma, sem afastar um entendimento mais adiante. "E nós não podemos perder a rua", acrescenta.

O secretário-geral da UGT respondia a uma pergunta sobre o que aconteceu nas negociações para que a paralisação tenho sido decidida agora, tendo em conta que o longo anteprojeto foi apresentado em julho.

Ao longo da entrevista, o líder da UGT desvaloriza as novas propostas que chegaram à central sindical esta semana. Embora reconheça que a reposição de três dias de férias que foram eliminados no programa de ajustamento era uma das principais reivindicações da UGT nos últimos anos, Mário Mourão alega que tal não compensa a simplificação dos despedimentos por justa causa ou a generalização da possibilidade de não reintegração do trabalhador em caso de despedimento ilícito. "Para que é que os trabalhadores querem trinta dias de férias? Se forem despedidos vão ter o tempo todo".


Mário Mourão: “O Governo encostou a UGT à parede”
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UGT defende que três dias de férias não compensam despedimento flexível

Embora considere que o anteprojeto de alterações ao Código do Trabalho é “um ajuste de contas dos patrões com a agenda do trabalho digno”, a legislação aprovada em 2023, Mário Mourão deixa várias críticas à forma como o Governo conduziu o processo de negociações, numa entrevista que será publicada na íntegra na segunda-feira.

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