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Emprego perde força, mas continua a subir: outubro trouxe mais 35,7 mil postos de trabalho

A subida do emprego vai manter-se, mas parece perder força. Os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística para novembro indicam mais 27 mil postos de trabalho criados.

Um quinto dos novos desempregados são de 'elevado risco'
Um quinto dos novos desempregados são de "elevado risco"
07 de Janeiro de 2021 às 11:25

Apesar de estar a perder força, a criação de emprego manteve-se ainda positiva em outubro e novembro. Em outubro, foram criados 35,7 mil postos de trabalho face a setembro, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Já os dados provisórios para novembro indicam nova criação de emprego, mas mais curta: houve mais 27 mil pessoas empregadas.

Ainda assim, esta criação de emprego não chega para compensar o impacto muito negativo da pandemia no mercado de trabalho. Face a outubro de 2019 o número de pessoas desempregadas subiu 14,8%, e os dados preliminares de novembro indicam que havia mais 28,1 mil pessoas (um aumento de 8,1%) à procura de trabalho nesse mês, quando comparado com um ano antes. 

Desde junho que a economia portuguesa tem vindo a criar emprego em termos mensais, depois da quebra abrupta no número de pessoas a trabalhar registada com a primeira vaga de covid-19. Mas ao fim de seis meses a criar emprego, o efeito de destruição verificado em apenas três ainda não foi anulado.

Veja-se: em maio, havia menos 183,3 mil pessoas empregadas do que em fevereiro, antes da pandemia ter atingido o país. Mas mesmo contando com a criação de emprego esperada em novembro, cujos dados são preliminares e sujeitos a correções, foram recuperados 157 mil postos de trabalho.

Com a segunda vaga de covid-19 a atingir Portugal e a Europa no último trimestre do ano, é de esperar que as condições do mercado de trabalho voltem a piorar, o que, a verificar-se, deixará incompleta a recuperação sentida entretanto.

Taxa de desemprego contida

Com as medidas de apoio ao emprego no terreno, como por exemplo o lay-off, e a existência ainda de restrições ao funcionamento da economia, o indicador da taxa de desemprego perde algum significado, conforme explicou já o INE. Ainda assim, este número continua a ser apurado, não tendo sido alterado os critérios. Em outubro, a taxa de desemprego foi de 7,5%, menos 0,4 pontos percentuais do que em setembro. Os dados preliminares de novembro indicam nova descida, para 7,2%. 

Em termos homólogos, e mesmo tendo em conta que há muitas pessoas que estão sem trabalhar mas que não são incluídas neste indicador (como quem está em lay-off), a taxa de desemprego nestes meses é superior ao que se verificava no mesmo período de 2019, antes da pandemia, quando oscilava em torno de 6,5%.

Em complemento à taxa de desemprego, o INE destaca a taxa de subutilização do trabalho, que abrange além dos desempregados, também as pessoas que estão a trabalhar menos horas do que gostariam, aqueles que procuraram emprego mas não têm disponibilidade imediata para entrar ao serviço e ainda os que estão disponíveis para trabalhar mais por razões várias não procuraram emprego. 

Esta taxa de subutilização do trabalho recuou em outubro para 14,9% (menos 0,5 pontos percentuais do que em setembro). O apuramento preliminar de novembro indica novo recuo, para 14%, e o INE explica que esta diminuição resultou sobretudo da redução do número de pessoas que estando disponíveis, não tinham procurado emprego.

(Notícia corrigida às 13:33, no quarto parágrafo, nos números do emprego criado.)

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