Polícia procura ex-Presidente da Ucrânia acusado de "assassinato em massa de cidadãos pacíficos"
Acusado pelo "assassinato em massa de cidadãos pacíficos" o ex-Presidente da Ucrânia, Viktor Ianukovitch, é procurado pela autoridades daquele país. No mandato de captura constam ainda nomes de outros titulares de cargos de alta responsabilidade do anterior poder executivo.
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O anúncio da busca feito através de uma mensagem via Facebook do actual ministro do Interior Arsen Avakov, está relacionado com os confrontos que na última semana marcaram a actualidade internacional em Kiev. O mais recente balanço aponta para 82 mortos e 550 feridos.
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Ianukovitch foi retirado do poder pelo Parlamento ucraniano na última sexta-feira e nesse mesmo dia o ex-Presidente rumou até Jarkov. Depois de ter sido visto pela última vez este domingo na Crimeia, agora Ianukovitch encontra-se em paradeiro desconhecido.
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Ucrânia volta a olhar para a União Europeia
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Enquanto Kiev enceta esforços para a retoma da estabilidade necessária com vista à realização das eleições que foram antecipadas para o próximo dia 25 de Maio, o designado Presidente interino pelo Parlamento, Olexandre Turchinov, apontou as novas prioridades do país.
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Em comunicação ao país Turchinov disse que a grande prioridade passa por garantir a existência de "um Estado de direito", através da "garantia da ordem e da paz". Aquele que era presidente do parlamento ucraniano até sexta-feira, lembrou que é fundamental "anular qualquer possibilidade de separatismo e assegurar a integridade do território". A região mais a leste da Ucrânia, onde se inclui a Crimeira, é culturalmente próxima de Moscovo: a maioria da população é de origem russa e, grande parte, fala russo.
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Mas a grande novidade anunciada pelo provisório líder do país passou pelo anúncio da "prioridade" que passa por Kiev retomar "o percurso da integração na União Europeia", explicando ter sido o motivo principal que espoletou as manifestações na Praça da Independência em Kiev.
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Turchinov sublinhou que o caminho verso à União Europeia (UE) deve ser feito tendo em conta "a compreensão da importância das relações [de Kiev] com a Rússia", país com o qual devem ser estabelecidas "relações assentes sob novas premissas".
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A reorientação da Ucrânia para um caminho de integração na UE acontece depois dos graves confrontos entre o anterior executivo, que havia optado pela via da aproximação a Moscovo em detrimento da UE, e milhares de manifestantes entre os quais se contavam as principais forças políticas da oposição.
A última sexta-feira ficou marcada pelo fim dos confrontos de quase guerra-civil, pela deposição de Ianukovitch e a nomeação de Turchinov como Presidente interino, pela marcação de eleições antecipadas para Maio e pela readopção da Constituição de 2004 que consagra poderes mais limitados ao Presidente.
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