Guindos: Da liderança ibérica do Lehman até a número dois do BCE

Luis de Guindos foi apontado com um dos fortes candidatos à liderança do Eurogrupo, tendo desistido dando lugar a Mário Centeno. No seu currículo conta com a passagem pelo Lehman Brothers, algo que lhe valeu muitas críticas.
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Foto: EPA guindos Foto: EPA guindos
Sara Antunes 19 de Fevereiro de 2018 às 18:41

Luís de Guindos nasceu há 58 anos em Madrid, teve várias vezes funções em governos espanhóis e desempenhou funções em multinacionais como o Lehman Brothers ou a Pricewaterhouse Coopers.

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A sua passagem pelo Lehman Brothers é a que já lhe valeu mais críticas, já que presidiu as operações em Portugal e Espanha do Lehman Brothers Holdings até o colapso do banco americano, em 2008.

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Guindos desempenhou vários papéis no Governo liderado por José María Aznar, entre 1996 e 2002 em secretarias de Estado da área da Economia.

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Antes de ter sido a escolha para ministro da Economia de Espanha, por Mariano Rajoy, Guindos era sócio da PriceswaterhouseCoopers, responsável pela unidade de serviços financeiros.

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Nos últimos anos teve alguns casos. Um deles envolveu o resgate financeiro a que o sector bancário foi alvo. Na altura (2012), Guindo rejeitou que se tratasse de um resgate, salientando tratar-se de um "empréstimo em condições muito vantajosas". Na altura a União Europeia concedeu um empréstimo no valor de 100 mil milhões de euros que só poderia ser canalizado para a banca.

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Foi sob a tutela de Guindos que Espanha resgatou o Bankia, numa operação que chegou a merecer críticas por parte do presidente do Banco Central Europeu (BCE), que considerou que o resgate tinha sido feito "da pior forma possível".

 

Em Março de 2015, Luis de Guindos protagonizou um episódio que criou algum mal-estar, ao anunciar que a Grécia iria receber um terceiro resgate financeiro. Algo que obrigou Bruxelas a emitir um comunicado onde falava em negociações, deixando de fora "resgaste" ou "programas de assistências".

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Também em 2015, Guindos disputou a presidência do Eurogrupo contra Jeroem Dijsselbloem, ministro das Finanças dos Países Baixos, tendo perdido a corrida.

 

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A nomeação de Guindos para a vice-presidência do BCE traz uma novidade: será o primeiro a passar directamente de um Governo para uma posição de topo numa entidade que se pauta pela independência.

 

Luís de Guindos mantinha a pasta de ministro da Economia espanhol e garantiu esta segunda-feira, 19 de Fevereiro, que apresentará a sua "demissão nos próximos dias". As declarações foram proferidas já depois de o irlandês, Philip Lane, ter retirado a sua candidatura, deixando Guindos sozinho nesta corrida.

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