Regling: “O FMI é bastante caro”
Klaus Regling diz sem hesitações: "O FMI é bastante caro. E foi por isso que Portugal reembolsou mais cedo [os empréstimos]". O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade defende que mesmo quando a instituição que lidera for transformada para se substituir ao FMI no apoio aos países em dificuldades, terá características diferentes.
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Klaus Regling está esta manhã em Lisboa, na conferência "O futuro do Mecanismo Europeu de Estabilidade", organizado pelo jornal Público.
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"O MEE não vai ser como um FMI para a Europa", defende Regling, explicando que em alguns pontos o MEE está mais atrasado, mas noutros até está mais à frente.
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Para o presidente do MEE, as comparações com o FMI limitam-se ao facto de que ambas as instituições providenciam financiamento. "Mas é aqui que termina a comparação", assegura.
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Desde logo porque há diferenças tanto no refinanciamento, como nos termos dos empréstimos. Regling diz que o orçamento português poupa todos os anos 1,3 mil milhões de euros em juros porque o MEE só aplica o seu próprio custo de financiamento nos empréstimos que faz, e este é mais baixo do que o custo de financiamento português.
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O mesmo acontece com a Grécia, que poupa 10 mil milhões de euros por ano ao ter-se financiado junto do MEE. A poupança para a Grécia é maior porque mais de metade da sua dívida está em organizações do MEE e recorreu também a um empréstimo global muito superior do que o português.
Seja como for, ambos os países vão poupar durante muitos anos, porque as maturidades são alongadas.
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"O FMI não faz isto. E isto só é possível porque somos todos parte da mesma família europeia", frisa.
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