O que Francisco Pinto Balsemão nos deixou
Em momentos importantes na política e no jornalismo, Balsemão não teve dúvidas sobre o lado certo, mesmo que fosse o mais difícil. Mais do que o legado do Expresso e da SIC, a figura maior dos media em Portugal deixa o exemplo de combate pela moderação política e a liberdade.
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Numa passagem de “Memórias”, Francisco Pinto Balsemão conta como o seu Porsche 356 foi destruído por uma bomba no turbulento ano de 1975. Quem terá sido? Nunca soube, mas no livro aventa que tanto pode ter sido a extrema-esquerda, como a extrema-direita. A primeira não lhe perdoava o seu papel no PSD e a resistência quase singular do Expresso numa altura de controlo editorial dos jornais pelo PCP. E a segunda, próxima do seu meio social, não lhe perdoava o papel no Diário Popular e na Ala Liberal ainda na ditadura, altura em que batalhou politicamente pela expansão das liberdades cívicas – em particular pelo direito a informar.
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