Banco polaco do BCP dispara lucros em 56% para 202 milhões de euros

Nos primeiros nove meses do ano, o Bank Millennium reduziu em 32% os encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários em francos suíços.
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Pedro Curvelo 07:40

O polaco Bank Millennium, controlado pelo BCP com uma posição de 50,1%, fechou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 855 milhões de zlótis (202 milhões de euros), o que traduz uma melhoria de 56% face aos 547 milhões de zlótis (127 milhões de euros) registados em igual período do ano passado, informou esta sexta-feira o banco liderado por Miguel Maya em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em euros, a subida no resultado líquido cifra-se em 59%.

O BCP assinala que os resultados do banco polaco "mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços, em particular com as provisões para o risco legal dos créditos denominados em francos suíços que totalizaram, nos nove meses de 2025, 1.503 milhões de zlótis antes de impostos (310,4 milhões de euros, incluindo 44,7 milhões de euros relacionadas com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços do Euro Bank), bem como pelos custos com a contribuição sobre o setor bancário “banking tax”) que ascenderam a 301 milhões de zlótis (71,0 milhões de euros)".

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Ainda assim, nota, "os encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços totalizaram 1.609 milhões de zlótis antes de impostos (380,2 milhões de euros), tendo-se reduzido 32% em relação ao ano anterior". 

A margem financeira do banco polaco cresceu 7%, ascendendo a 4.318 milhões de zlótis (1.020 milhões de euros), enquanto os custos operacionais subiram 15%. O resultado operacional aumentou 8%, alcançando os 5.165 milhões de zlótis (1.220,5 milhões de euros).

O rácio de crédito com imparidade cifrou-se em 4,2%, uma redução de 0,4 pontos percentuais face aos 4,6% registados nos primeiros nove meses de 2024, tendo o custo do risco baixado dos 53 pontos base para os 32 pontos base. Já o rácio de "loans-to-deposits" fixou-se em 58,3%.

O rácio de capital CET1 atingiu os 14,4% e o rácio de capital total cifrou-se em 16%.

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