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Comissão Europeia adia assinatura de acordo com o Mercosul

Decisão foi comunicada aos líderes europeus por Ursula von der Leyen. O Presidente brasileiro, Lula da Silva, terá concordado com o pedido formulado por Giorgia Meloni de ter mais tempo para tranquilizar os agricultores italianos.

Ursula von der Leyen estima agora que acordo seja assinado em janeiro de 2026.
Ursula von der Leyen estima agora que acordo seja assinado em janeiro de 2026. Pascal Bastien / AP
20:09

A assinatura do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul que devia acontecer este sábado em Montevideu, capital do Uruguai, foi a adiado. A decisão foi comunicada esta quinta-feira pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, aos líderes europeus, . A previsão, agora, é a de que o acordo seja rubricado no mês de janeiro de 2026, adiantaram fontes diplomáticas ao mesmo órgão de comunicação social.

Esta marcha atrás surge na sequência dos pedidos feitos pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra italina, Giorgia Meloni, para que a cerimónia fosse adiada. A pressão aumentou com a manifestação de agricultores europeus que teve lugar esta quinta-feira em Bruxelas, junto ao Parlamento Europeu, onde se protestou precisamente contra o acordo comercial negociado com os países do Mercosul (Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina) e a reforma da Política Agrícola Comum (PAC)

O Presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, conta o Politico, terá concordado com o pedido formulado por Giorgia Meloni, para adiar a assinatura do acordo, de modo a poder tranquilizar os agricultores italianos de que não seriam prejudicados por carne de aves e bovina mais barata, terá contado Ursula  von der Leyen ao grupo, ainda de acordo com as mesmas fontes diplomáticas.

A negociação de um acordo comercial entre a UE e o Mercosul leva mais de duas décadas.

O estabelecimento de uma quota para a entrada de carne bovina, aves, açúcar e etanol no mercado europeu com tarifas reduzidas é precisamente um dos pontos do acordo assinado entre as partes. Além disso, a UE compromete-se a eliminar impostos sobre 92% das exportações do Mescosul no prazo de 10 anos em produtos agrícolas, café e fruta.

O Mercosul, por sua vez, obriga-se a acabar com tarifas sobre 91% das exportações provenientes na UE num período de 15 anos em produtos como os automóveis, maquinaria e fármacos.

A negociação de um acordo comercial entre as duas partes leva já mais de duas décadas, sendo que em dezembro do ano passado os dois anunciaram a conclusão formal das negociações técnicas e políticas. Portugal tem sido um apoiante deste acordo e ao início desta quinta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, sublinhava que o o falhanço de um acordo entre a EU e o Mecrosul seria “imperdoável”.  

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