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Governo de Barnier cai ao fim de 91 dias

O Governo francês foi esta quarta-feira derrubado no Parlamento ao ver ser aprovada a moção de censura apresentada pelo bloco de esquerda Nova Frente Popular. A extrema-direita votou favoravelmente a moção, como tinha indicado Marine Le Pen, sentenciando o Executivo liderado por Michel Barnier. O Presidente, Emmanuel Macron, vai dirigir-se ao país pelas 19:00 de quinta-feira.

04 de Dezembro de 2024 às 19:27

Noventa e um dias após ter tomado posse o Governo francês foi esta quarta-feira derrubado no Parlamento. O Executivo liderado por Michel Barnier enfrentou duas moções de censura - uma apresentada pela esquerda da Nova Frente Popular e outra pela União Nacional, de extrema-direita. A primeira acabou por ser aprovada com os votos da força liderada por Marine Le Pen.

A moção apresentada pelas forças de esquerda foi aprovada com 331 votos, bem acima dos 288 necessários. A soma dos deputados da Nova Frente Popular e da União Nacional é de 325.


Governo francês cai após primeira moção de censura aprovada em 62 anos
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A encerrar o debate de duas horas, Barnier apelou à "responsabilidade" dos deputados, num derradeiro esforço para que parte dos parlamentares da Nova Frente Popular não apoiassem a moção.

Marine Le Pen, por seu turno, indicou que a União Nacional iria votar favoravelmente a moção da esquerda, sublinhando que iria "usar" a Nova Frente Popular "como uma ferramenta".

Com a queda do Governo, o Presidente francês, Emmanuel Macron, pode tentar apresentar um novo Executivo, que terá de passar pelo crivo da Assembleia Nacional. A tarefa adivinha-se complexa, uma vez que a própria escolha de Barnier foi demorada e o apoio à escolha foi frágil. 

Macron já garantiu, no entanto, que não se demitirá antes do fim do seu mandato, em 2027. O Presidente francês vai dirigir-se ao país na quinta-feira, pelas 19:00 (hora de Lisboa).

Em reação aos resultados da votação, Jean-Luc Mélenchon, líder da França Insubmissa, escreveu na rede social X (ex-Twitter) "Macron não terá mais três anos".

* Notícia em atualização

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