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Países Baixos realizam hoje terceiras eleições legislativas em três anos

No total, 27 partidos concorrem a 150 lugares no parlamento, atualmente divididos entre 15 formações.

Líderes políticos nos Países Baixos realizaram debate na véspera das eleições.
Líderes políticos nos Países Baixos realizaram debate na véspera das eleições. Remko de Waal / EPA
07:17

Os Países Baixos realizam esta quarta-feira as terceiras legislativas em cinco anos, com Geert Wilders (extrema-direita) novamente como favorito, mas praticamente sem possibilidade de governar, enquanto os liberais, que governaram durante dez anos, estão mais perto da oposição.

Cerca de 13,4 milhões de neerlandeses são chamados a votar – quase três em cada dez (28%) têm mais de 65 anos, face aos 18% de há três décadas.

No total, 27 partidos concorrem a 150 lugares no parlamento, atualmente divididos entre 15 formações.

As eleições são marcadas pela desconfiança dos eleitores em relação à classe política, após uma sucessão de quedas de governos instáveis: dois executivos liderados pelo liberal Mark Rutte (VVD, atualmente secretário-geral da NATO), em janeiro de 2021 e julho de 2023, e, este verão, a coligação saída das eleições de novembro de 2023, liderada pelo liberal Dick Schoof.

Geert Wilders – vencedor das legislativas de há dois anos -, precipitou as eleições de hoje, ao retirar cinco ministros do seu Partido para a Liberdade (PVV) do executivo, reclamando um endurecimento das políticas migratórias.

As sondagens dão novamente a vitória a Wilders, com 16,7% dos votos, o que pode traduzir-se em cerca de 26 lugares, abaixo dos atuais 37.

Mesmo que seja o mais votado, o PVV não deverá conseguir apoios para governar, uma vez que várias formações recusam acordos com Wilders.

Antecipam-se negociações difíceis para formar uma coligação governativa, que provavelmente precisará de quatro ou cinco partidos.

A verdadeira luta parece ser pelo segundo lugar entre o bloco de ecologista e social-democratas GL-PvdA, liderado pelo antigo vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans, e o democrata-cristão CDA, liderado por Henri Bontenbal.

Estudos de opinião atribuem entre 22 a 27 eleitos a ambas candidaturas.

O liberal progressista D66, o conservador VVD e a direita nacional-conservadora JA21 poderão ter entre 12 e 17 lugares, enquanto os restantes partidos não superam os cinco lugares cada.

O NSC, o partido centrista que abandonou o governo de Schoof em agosto após confrontos internos sobre a resposta à ofensiva israelita em Gaza, aparece em algumas sondagens com um ou nenhum assento, apesar de agora ter 21 deputados.

A imigração dominou o debate eleitoral, embora a crise da habitação seja a principal preocupação dos neerlandeses.

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