O plano de paz da China para a Ucrânia em doze pontos
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Pequim marcou o primeiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia com a apresentação de um plano de paz para a região, em doze pontos.
A proposta - que dificilmente receberá apoio de Kiev ou dos países ocidentais - surge um dia depois de a China ter optado pela abstenção numa resolução da ONU a apelar ao fim do conflito. A medida, aprovada com 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções, incluí a exigência da saída do exército russo de território ucraniano.
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A proposta de Pequim - que vai ao encontro do que já vários diplomatas chineses manifestaram - é mais branda com Moscovo e não explica em que ponto ficam os territórios já anexados pela Rússia. A China propõe:
- O respeito pela soberania dos países
- O abandono da mentalidade da Guerra Fria
- O fim das hostilidades
- O regresso das conversações de paz
- A resolução da crise humanitária
- A proteção dos civis e dos prisioneiros de guerra
- A salvaguarda das centrais nucleares
- A redução dos riscos estratégicos
- O encorajamento às exportações de cereais
- O fim das sanções unilaterais
- A manutenção da estabilidade das cadeias de abastecimento
- A promoção da reconstrução pós-conflito
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O presidente ucraniano assumiu que gostaria de uma maior aproximação da China à Ucrânia. "Gostaríamos de nos encontrar com a China", apontou Volodymyr Zelensky numa conferência conjunta com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, em Kyiv, esta quinta-feira.
"Claro que a Ucrânia gostaria de ver a China ao seu lado", sublinhou Zhanna Leshchynska, a principal diplomata de Kiev em Pequim, citada pela Bloomberg. "Neste momento, vemos que a China não está a apoiar os esforços ucranianos", mas "esperamos que eles também insistam com a Rússia para parar a guerra e retirar as suas tropas do território da Ucrânia".
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