Papa pede à Ucrânia e Rússia coragem para se envolverem num diálogo direto
O Papa Leão XIV pediu hoje que a Ucrânia e a Rússia encontrem "a coragem para se envolverem num diálogo sincero, direto e respeitoso" durante a bênção "Urbi et Orbi" de Natal, no Vaticano.
"Rezamos especialmente pelo povo ucraniano que sofre: que o som das armas cesse e que as partes envolvidas, apoiadas pelo empenho da comunidade internacional, encontrem a coragem para se envolverem num diálogo sincero, direto e respeitoso", declarou o Papa.
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Moscovo e Kiev negoceiam separadamente há várias semanas o plano de paz apresentado pelos Estados Unidos, para terminar com quase quatro anos de guerra, que prevê o congelamento das linhas da frente, mas sem resolver a questão de uma eventual cedência de território a Moscovo.
No seu primeiro Natal desde a sua eleição como chefe da Igreja Católica, em maio, Leão XIV discursou perante milhares de fiéis reunidos na praça de São Pedro debaixo de chuva, destacando muitos dos conflitos internacionais.
De Myanmar à República Democrática do Congo (RDC), passando pelo Sudão, Mali, Síria e Haiti, rezou por "aqueles que sofrem por causa da injustiça, da instabilidade política, da perseguição religiosa e do terrorismo".
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Citando 15 países, o Papa norte-americano mencionou especificamente "aqueles que perderam tudo, como o povo de Gaza" e "aqueles que são assolados pela fome e pela pobreza, como o povo do Iémen".
Leão XIV mencionou ainda os "muitos migrantes que atravessam o Mediterrâneo ou viajam pelo continente americano" em busca de um futuro melhor.
Rezou ainda pela "restauração da antiga amizade entre a Tailândia e o Camboja”, que num conflito de duas semanas já provocou mais de 40 mortos.
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Um mês após a sua primeira viagem à Turquia e ao Líbano, o Papa dirigiu uma mensagem especial aos cristãos do Médio Oriente: "Ouvi os vossos receios e estou bem ciente do vosso sentimento de impotência perante dinâmicas de poder que estão fora do vosso controlo".
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