Zelensky admite incapacidade militar para recuperar Crimeia
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu que as forças armadas ucranianas não serão capazes de recuperar o controlo da Crimeia e disse que os EUA não terão de mobilizar tropas no âmbito das garantias de segurança que procura dos norte-americanos, numa aparente cedência a Donald Trump.
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Trump tem pressionado Zelensky a aceitar um acordo de paz, num momento em que se aproximam os primeiros 100 dias desde a sua tomada de posse, e esta sexta-feira o enviado especial do Presidente dos EUA para a Ucrânia, Steve Witkoff, reuniu-se com o Presidente russo Vladimir Putin em Moscovo pela quarta vez.
As propostas de Washington incluem o reconhecimento da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e o congelamento das fronteiras nas linhas da frente atuais, o que permitiria aos russos controlarem grandes porções de território no leste e sul da Ucrânia, de acordo com a Bloomberg. A Ucrânia também teria de abdicar da adesão à NATO.
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"É verdade, o que Trump diz, não temos armas – armas, não pessoas – para reconquistar o controlo da Crimeira pela força", disse Zelensky. "Mas existe a possibilidade de sanções, outra pressão económica, pressão diplomática", acrescentou o líder ucraniano, que não admite a cedência de território à Rússia. Trump não partiha da mesma opinião. "A Crimeia vai ficar com a Rússia", disse Donald Trump numa entrevista à revista Time publicada esta sexta-feira.
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