Alemanha, França, Itália e Espanha pressionam para acelerar Planos de Recuperação
Alemanha, França, Itália e Espanha pediram esta quarta-feira, numa conferência de imprensa conjunta, rapidez na entrega dos Planos de Recuperação e Resiliência aos restantes Estados-membros, para que o dinheiro da bazuca europeia possa começar a fluir o quanto antes. Alemanha e França asseguram que vão submeter os planos ainda hoje e Itália e Espanha garantem que terão os seus documentos entregues até ao final desta semana – quando termina o prazo indicativo.
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Em causa estão os planos sobre como utilizar os 750 mil milhões de euros que vêm da União Europeia para ajudar os países a sair da crise provocada pela pandemia de covid-19 e para reconverter e melhorar a capacidade produtiva da região. Portugal foi o primeiro Estado-membro a submeter formalmente o seu plano à avaliação da Comissão Europeia.
"O dinheiro tem de começar a fluir antes do fim do verão", pediu o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, citado pelo El País. Olaf Scholz, o ministro das Finanças alemão, reforçou o pedido.
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A Comissão Europeia está à espera que os países entreguem todos os seus planos, para fazer uma avaliação vinculativa dos mesmos, num prazo de dois meses. Entretanto, alguns países têm ainda de ratificar nos seus Parlamentos a decisão de permitir à União Europeia a arrecadação de receitas próprias adicionais. Só depois será possível à União ir aos mercados endividar-se para formar o Fundo de Recuperação Europeu, que irá financiar os planos dos vários países.
Na semana passada, fontes da União Europeia defenderam que não seria problemático algum atraso na aprovação dos planos, uma vez que os países podem financiar-se a bom preço nos mercados, antecipando os fundos europeus, fazendo posteriormente uma compensação. Também avisaram que cada plano tem milhares de páginas. A avaliação formal da Comissão é fundamental porque têm de ser fechadas metas entre a Comissão e cada país, que depois têm de ser cumpridas, para proceder à libertação das tranches de financiamento. Porém, agora as quatro maiores economias da União Europeia querem carregar no acelerador.
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Tal como previsto nas regras do Next Generation EU, os planos dos quatro países direcionam-se sobretudo para a transição verde e a digitalização da economia. A Alemanha já disse que cerca de 90% do dinheiro será alocada a estes dois dossiers. Itália revelou que quer também aproveitar para melhorar a coesão territorial, destinando cerca de 40% do dinheiro ao sul do país.
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