Reino Unido acredita em acordo mas admite estar preparado para sair da UE sem entendimento
Não é a primeira vez que Londres deixa claro que prefere que o Reino Unido saia da União Europeia com um acordo com o bloco económico. Embora também não esconda que está preparada para uma saída sem esse acordo.
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Esta terça-feira, 21 de Novembro, David Davis, ministro britânico que lidera as negociações, reiterou esta posição. "Alcançar um acordo com a União Europeia não é apenas de longe o desfecho mais provável, é também o melhor desfecho para o nosso país", afirmou David Davis, citado pela Reuters, num discurso proferido esta manhã em Londres.
"Não acho que seja do interesse de nenhum dos lados que não haja um acordo. Mas enquanto governo responsável está certo fazermos um plano para qualquer eventualidade", acrescentou.
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David Davis disse ainda que "durante o último ano, todos os departamentos em Whitehall têm estado a trabalhar no sentido de cobrir vários cenários". "Estes planos estão bem desenvolvidos, tendo sido desenhados para dar flexibilidade para responder ao acordo negociado, bem como para preparar-nos para a possibilidade que tenhamos de sair sem um acordo", acrescentou.
Já decorreram várias rondas de negociação, mas tem existido três temas que têm impedido que as negociações avancem para a área que Londres quer começar a negociar o quanto antes: a futura relação comercial. Um dos entraves tem sido a factura financeira que Londres vai ter de pagar. Mas esse tema, de acordo com a imprensa britânica, conheceu novos desenvolvimentos recentemente que podem permitir desbloquear um pouco a situação.
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Nas últimas horas, Theresa May, primeira-ministra britânica, terá conseguido alcançar um entendimento entre os membros do seu governo no sentido de passar um cheque mais elevado pelo Brexit. O governo britânico está agora disponível para desembolsar 40 mil milhões de libras, mais de 45 mil milhões de euros, de acordo com a cadeia de televisão ITV. Ou seja, o dobro daquilo que anteriormente as autoridades britânicas aceitavam pagar. Ainda assim, este valor ficar aquém dos 100 mil milhões de euros que a Alemanha e a França no passado adiantaram como o valor que o Reino Unido tinha de pagar pelo Brexit.
Um outro tema que também tem travado o avanço das negociações é a fronteira da Irlanda do Norte. Esta manhã, a primeira-ministra britânica disse que "acredita que as diferenças entre as partes, as questões que os dividem, são muito pequenas". May sublinhou ainda que um acordo "pode ser alcançado".
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