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Brexit: "Momento triste" que não se percebe, incluindo "metade dos ingleses", diz Elisa Ferreira

A comissária europeia Elisa Ferreira disse esta quinta-feira, referindo-se à saída do Reino Unido da União Europeia, que este é "um momento triste", sublinhando que "muita gente não percebe", incluindo "metade dos cidadãos ingleses", qual "a vantagem desta rutura".

Elisa Ferreira
Elisa Ferreira Miguel Baltazar
30 de Janeiro de 2020 às 17:55

"Para mim, este fim de mês é um momento muito triste porque ainda não é claro na minha cabeça quais são os ganhos para um lado e para o outro. A título pessoal há uma palavra inglesa que me ocorre que é o 'nonsense'. Não estou a perceber, acho que muita gente não percebe e metade dos cidadãos ingleses também não percebe qual é a vantagem desta rutura", disse Elisa Ferreira.

A comissária europeia responsável pela Coesão e Reformas, que falava aos jornalistas no Porto à margem do 4.º Fórum das Cidades "CITIES Forum 2020", disse adivinhar uma "negociação difícil", num período, um ano, que "não é longo", frisando que "é preciso trabalhar para que se preserve o que é bom neste relacionamento", referindo-se a Reino Unido e UE.

"Uma vez que [a rutura] existe, temos de viver com ela. Temos de ser capazes de restabelecer as nossas relações em outra base. Vamos ver o que é possível fazer num ano. Tudo vai depender do posicionamento das duas partes", considerou a comissária.

Elisa Ferreira lembrou, referindo-se a Michel Barnier, que do lado europeu existe um negociador  "excecional e muito experiente", além de "grande europeísta e amigo de Portugal". E considerou que, "como é evidente, o que não pode acontecer é Inglaterra ficar com as partes do projeto europeu que lhe interessavam e não dar contrapartidas para isso".

"É preciso que seja um resultado inteligente. Que se preserve o que de bom se construiu de parte a parte. Em matéria de mobilidade e de pessoas, (em relação aos) trabalhadores que estão a trabalhar de um lado e de outro, que não se destrua o que se construiu. Os detalhes desta agenda não são fáceis e têm de ser equilibrados", concluiu Elisa Ferreira.

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