Continua tensa a relação entre os países europeus e a Rússia. Desta feita é o chanceler alemão, Friedrich Merz, quem aponta o dedo aos russos, depois de no final da semana passada algumas aeronaves não tripuladas terem sido detetadas em espaço aéreo alemão e que levaram mesmo ao encerramento temporário das operações do aeroporto de Munique, com as perturbações a prolongarem-se até ao início de sábado.

A resposta de alto nível foi dada neste domingo ao final do dia, por Merz. "Suspeitamos que uma parte significativa [dos drones] seja provavelmente controlada pela Rússia. Mas estamos a investigar o assunto e, independentemente de onde vêm, é uma ameaça séria à nossa segurança", considerou o líder alemão, citado pela publicação Politico, tendo inclusive ido mais longe na análise ao caso.

"Estas são tentativas de espionagem. (...) São também tentativas de desconcertar a população", sublinhou ainda Merz, mas numa referência ao número de incursões de drones nos espaços aéreos de diferentes países europeus registadas nas últimas semanas. "Sabemos que temos de fazer algo relativamente a isto. E vamos fazer, mas de forma calma e com um sentido de proporção", assegurou.

"Estamos a trabalhar intensamente, incluindo com a União Europeia e com a NATO, para tomar decisões sobre como ersponder a esta ameaça", adiantou o chanceler alemão.

De recordar que nas últimas semanas foram detetados drones no espaço aéreo da Roménia, Polónia, Dinamarca e Estónia, uma situação está a levar os países europeus a discutirem a criação de uma "muralha de drones" como mecanismo de defesa. A Rússia continua a negar grande parte das acusações de invasão de espaço aéreo de outros países.