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Hollande declara apoio a Macron

"Pela minha parte, votarei Emmanuel Macron. É ele que defende os valores que permitem juntar os franceses neste período tão particular," afirma o actual presidente francês, aludindo à pertença à Europa e ao "lugar de França no mundo."

François Hollande
François Hollande Reuters
24 de Abril de 2017 às 16:02

O presidente francês, o socialista François Hollande, considerou esta segunda-feira, 24 de Abril, que a chegada da extrema-direita à segunda volta das eleições presidenciais francesas constitui um "risco" e que, por isso, votará no candidato centrista, o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron.

"[A extrema direita] tem a sua história, os seus métodos, as suas ligações a grupos extremistas em toda a Europa, mas há sobretudo consequências do seu programa no nosso país," avisou. 

Para Hollande, eleger Marine Le Pen teria, desde logo, efeitos no poder de compra dos franceses, que seria "amputado" com a aplicação de um plano de desvinculação da Zona Euro, como defendido pela candidata da Frente Nacional. Além disso, defendeu, a saída da moeda única traria "uma subida dos preços que afectaria os mais frágeis," alertando ainda para o risco de isolamento da França em relação à Europa.

"É por isso que, face a um tal risco, não é possível calarmo-nos. Impõe-se a mobilização. Pela minha parte, votarei Emmanuel Macron. É ele que defende os valores que permitem juntar os franceses neste período tão particular," concluiu, aludindo à pertença à Europa e ao "lugar de França no mundo." 

O candidato centrista agradeceu entretanto o apoio do actual inquilino do Eliseu. "Agradeço ao presidente da República pelo seu apoio republicano. Trata-se no próximo dia 7 de Maio de ser fiel aos valores de França," escreveu numa mensagem colocada no Twitter.

Je remercie le Président de la République pour son soutien républicain. Il s'agit le 7 mai prochain d'être fidèle aux valeurs de la France.

O apoio de Hollande surge depois de, na primeira volta deste domingo, o candidato centrista Emmanuel Macron ter passado ao segundo turno com 23,75% dos votos, juntamente com Marine Le Pen, que congregou 21,53% das votações. Estas foram as primeiras eleições em várias décadas em que nem socialistas nem conservadores conseguiram colocar o seu candidato na segunda volta.

O candidato dos socialistas, Benoît Hamon, ficou-se pelos 6,35% de votação, enquanto François Fillon, indicado pelos conservadores e a braços com a polémica de alegados favorecimentos de familiares com dinheiro público, alcançou os 19,91%.

A segunda volta realiza-se no domingo, 7 de Maio.

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