Reino Unido e UE chegam a acordo para o Brexit
Há acordo entre o Reino Unido e a União Europeia para o Brexit, revelaram Jean-Claude Junker e Boris Johnson através do Twitter.
Boris Johnson e Jean-Claude Juncker usaram as redes sociais para revelar ao mundo que finalmente a União Europeia e o Reino Unido chegaram a um acordo para o Brexit.
Juncker e Johnson aplaudem o desfecho, mas o primeiro-ministro britânico terá de garantir a aprovação do acordo no Parlamento, o que pode não ser fácil.
"Onde há vontade, há acordo – temos um! É um acordo justo e equilibrado para a UE e para o Reino Unido e é uma prova do nosso compromisso para encontrar soluções. Recomendo que a Cimeira aprove este acordo", revelou Jean-Claude Juncker através do Twitter.
Where there is a will, there is a #deal - we have one! It’s a fair and balanced agreement for the EU and the UK and it is testament to our commitment to find solutions. I recommend that #EUCO endorses this deal. pic.twitter.com/7AfKyCZ6k9
"Temos um grande novo acordo que recupera o controlo", revelou Boris Johnson através do Twitter, realçando que passa agora para as mãos do Parlamento britânico a aprovação do acordo no sábado para que "possamos avançar para outras prioridades como o custo de vida, o NHS [Serviço Nacional de Saúde], o crime violento e o nosso ambiente", salientou.
We’ve got a great new deal that takes back control — now Parliament should get Brexit done on Saturday so we can move on to other priorities like the cost of living, the NHS, violent crime and our environment #GetBrexitDone #TakeBackControl
Já ontem à noite tinha sido noticiado que o acordo estava próximo de ser alcançado, depois de Boris Johnson ter cedido à exigência de uma fronteira no Mar da Irlanda, evitando-se assim a criação de uma fronteira física terrestre entre as duas Irlandas, o que manteria a Irlanda do Norte no mercado único europeu. Apesar do entusiasmo não parece haver unanimidade. Jeremy Corbyn considera que o acordo agora alcançado é "pior do que o de Theresa May", apelando a que seja rejeitado e que o população volte a ser chamada para se pronunciar.
Parlamento britânico aprova?
O Parlamento britânico deverá votar o acordo no próximo sábado, o que poderá não ser simples. Para conseguir aprovar, Johnson tem de obter o apoio de parte (ou todos) os 21 deputados que expulsou dos "tories" pela votação que impede uma saída sem acordo, bem como dos 10 elementos dos unionistas norte-irlandeses (DUP) ou de um bloco eurocético dos trabalhistas.
E tem ainda de convencer a ala mais eurocética do Partido Conservador (ERG), sendo que tanto o DUP como a ERG rejeitam a criação de uma fronteira aduaneira no Mar da Irlanda, precisamente a opção que permitiu desbloquear o impasse negocial.
Já esta manhã os unionistas da Irlanda do Norte (DUP) rejeitaram apoiar o acordo que estava a ser negociado entre o Governo britânico e a União Europeia, que prevê que se crie uma fronteira aduaneira no mar da Irlanda. Uma posição que foi mantida após o anúncio de que o Reino Unido e a UE tinham chegado a um acordo.
Período de transição pode prolongar-se até 2022
Michel Barnier, o negociador da União Europeia, já falou, numa conferência de imprensa, onde destacou que o acordo oferece "certeza legal" aos cidadãos.
Barnier revelou que o período de transição vai estender-se até ao final de 2020, mas poderá ser prolongado por mais um ou dois anos, se houver acordo conjunto.
(Notícia atualizada)
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