FMI diz que divergências com europeus sobre dívida grega estão a diminuir
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou hoje que as suas divergências com os europeus sobre a Grécia estão a diminuir, apesar de continuar à espera de indicações mais precisas sobre um alívio da dívida grega.
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"As divergências estão a diminuir e todos estão optimistas quanto à possibilidade de se concluir um acordo durante a próxima reunião do Eurogrupo" a 15 de Junho, assegurou o porta-voz da instituição, Gerry Rice.
Na reunião do Eurogrupo da passada segunda-feira, o FMI e os países da zona euro não conseguiram chegar a acordo sobre o alívio da dívida grega e sobre a entrega à Grécia de novas prestações do empréstimo concedido ao país em 2015, o terceiro desde 2010.
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O desbloqueio de uma nova tranche do empréstimo está pendente da participação financeira do FMI no programa, o que a instituição faz depender de um compromisso dos europeus para alívio da dívida da Grécia, considerada insustentável.
"A Grécia adoptou um conjunto de reformas sólidas (...) mas ainda precisamos de ter mais precisões sobre a questão do alívio da dívida", explicou Rice.
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Segundo o porta-voz, persistem ainda divergências que dizem respeito aos objectivos orçamentais impostos pela zona euro a Atenas, considerados muito restritivos pelo FMI.
Os europeus querem que a Grécia consiga um excedente orçamental primário (sem os encargos com a dívida) de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, ano em que termina o programa de resgate, e anos seguintes, até 2022.
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"Pensamos que isso impõe um nível de austeridade excessivo para a população grega. Pensamos que este excedente deve ser revisto em baixa", declarou Rice.
A Grécia precisa de receber uma nova parcela do empréstimo a tempo de reembolsar em Julho 7,5 mil milhões de euros a credores e evitar um incumprimento.
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