Até a "mais poderosa" precisa de aliados
Merkel arrecadou uma vitória retumbante mas continua a depender de terceiros. Para Portugal, pouco deverá mudar.
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Angela Merkel conseguiu quase tudo neste domingo: um resultado histórico para o seu partido, a CDU (41,2%), numa terceira reeleição consecutiva que torna praticamente impossível os três partidos de esquerda (SPD, Verdes e Die Linke) formarem uma coligação contra si, tendo simultaneamente conseguido impedir a entrada do primeiro partido anti-euro (AfD) no Parlamento, onde, ao invés, ficou ampliada a bancada das forças políticas que construíram a Europa e o euro. "Ela não é mais apenas chanceler e líder do seu partido. Ela é agora líder de todo o centro-direita da política alemã. Nem mesmo Konrad Adenauer ou Helmut Kohl conseguiram alcançá-lo", escrevia ontem no "Financial Times" o insuspeito Wolfgang Münchau, severo crítico da estratégia alemã de combate à crise do euro.
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