Quanto valem as medidas apresentadas pelo PS?

Os 12 economistas a quem o PS encomendou o cenário macroeconómico para os próximos quatro anos apresentaram uma série de medidas, quantificando os seus efeitos orçamentais. Conheça em baixo as principais.

Clique para ver

Nuno Aguiar e Bruno Simão - Fotografia 21 de Abril de 2015 às 19:23

Fazer variar a TSU conforme os despedimentos da empresa 

PUB

A taxa contributiva actual estabelece que 3,42 pontos da TSU paga pelas empresas cobre custos associados ao desemprego. A nova taxa variará conforme o rácio entre os custos com o subsídio de desemprego de ex-trabalhadores de cada empresa e o total de contribuições da empresa para o sistema de apoio ao desemprego na média dos últimos três anos.

 

PUB

Impacto estimado: mais 100 milhões de euros por ano em receita.

 

PUB

Apoio a trabalhadores pobres 

Os economistas a quem o PS encomendou este exercício propõem criar um complemento salarial para quem declare rendimentos abaixo do limiar da pobreza. Um apoio que será calculado em função do salário e da composição do agregado familiar.

PUB

 

Impacto estimado: mais 350 milhões de euros por ano em despesa.

PUB

 

Prestações sociais 

PUB

São apresentadas três medidas que pretendem mitigar as perdas de rendimento das famílias nos últimos anos. São elas:

 

PUB

- Aumento dos montantes destinados ao abono de família, abono pré-natal e majoração para famílias monoparentais beneficiárias de ambos.

 

PUB

Impacto estimado: mais 40 milhões de euros em despesa.

 

PUB

- Reposição das condições de acesso ao Rendimento Social de Inserção (RSI).

 

PUB

Impacto estimado: mais 90 milhões de euros em despesa.

 

PUB

- Reposição do Complemento Solidário para Idosos no valor de referência de 5.022 euros por ano.

 

PUB

Impacto estimado: mais 8 milhões de euros em despesa.

 

PUB

Financiamento da Segurança Social 

Os 12 economistas desenharam um plano para diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social, que permita ao sistema fugir à insustentabilidade. Entre as medidas está a eliminação da redução de IRC prevista pelo actual Governo, consignando, em vez disso, uma fatia da receita desse imposto. Em contrapartida, as empresas veriam a sua Taxa Social Única (TSU) descer progressivamente até 2018 (1,5 pontos em 2016, outros 1,5 em 2017 e 1 ponto em 2018). Esta alteração só vale para contratos sem termo.

PUB

 

Ainda no capítulo do financiamento da Segurança Social, é apresentado um imposto sobre heranças superiores a um milhão de euros e volta a ser referida a penalização na TSU de empresas que despeçam mais trabalhadores. O restante terá de ser financiado pelo Orçamento do Estado.

PUB

 

Impactos estimados:

PUB

 

Reversão do IRC: mais 240 milhões de euros em receita.

PUB

 

Descida da TSU das empresas: menos 850 milhões de euros em receita até 2018.

PUB

 

Imposto sobre heranças: mais 100 milhões em receita.

PUB

 

Internalização do custo do desemprego (já referida em cima): mais 100 milhões de euros em receita.

PUB

 

Orçamento do Estado: mais 250 milhões de euros em despesa. 

PUB

 

Se fizer as contas, verá que a perda de receita - 850 milhões - não é totalmente compensada pelas outras três medidas apresentadas e pela transferência do Orçamento do Estado. O PS dá a entender que isso pode ser justificado pelo impacto positivo que a medida terá na economia. "Note-se que em nenhum dos anos da legislatura a perda de receita será deste valor [850 milhões] porque a redução da taxa contributiva gera um estímulo à actividade económica que gera receitas de contribuição para a segurança social (bem como de vários impostos e diminuição de despesas sociais)", pode ler-se no documento divulgado ontem.

PUB

 

Impostos 

PUB

Os peritos do PS aconselham também a que se avance com várias medidas de fiscais. Entre elas está a redução da sobretaxa de IRS em 1,75 pontos em 2016 e 1,75 pontos em 2017, o que duplica o ritmo de diminuição proposto pelo Governo.

 

PUB

Impacto estimado: menos 380 milhões de euros ao ano em receita (segundo os valores do Programa de Estabilidade).

 

PUB

Uma das medidas mais surpreendentes – e inovadoras – é a descida progressiva da TSU dos trabalhadores com mais de 60 anos, num total de quatro pontos percentuais até 2018. O financiamento desta medida será conseguido através de um ajustamento das pensões futuras, pagas a partir de 2027. Isto é, está a trocar rendimento futuro por rendimento presente. Os peritos do PS dizem que a medida vale 1050 milhões de euros, mas que, uma vez que é actuarialmente neutra, deverá ser enquadrada como reforma estrutural pela Comissão Europeia no âmbito do Tratado Orçamental. Ou seja, caso Bruxelas a aprove, não deverá contar para o défice.

 

PUB

Impacto estimado: neutro.

 

PUB

Descer o IVA da restauração novamente para os 13% (actualmente está nos 23%).

 

PUB

Impacto estimado: menos 260 milhões de euros em receita.

 

PUB

Agravamento de IMI para segundas habitações e alterações a isenções do IMT.

 

PUB

Impacto estimado: não é especificado.

 

Funcionários Públicos 

PUB

Tal como na sobretaxa, o que o PS propõe é ser duas vezes mais rápido no alívio da austeridade sobre os funcionários públicos. Em vez de 20% ao ano, os 12 economistas dizem ser possível devolver 40% em 2015 e 40% em 2017.

 

Impacto estimado: mais 306 milhões de euros em despesa por ano (segundo os valores do Programa de Estabilidade).

PUB

 

Pub
Pub
Pub