Trump avança com despedimentos em massa se não houver acordo de financiamento do país
A Administração Trump vai dar início ao despedimento em massa de funcionários federais se o Presidente entender que as negociações para acabar com a paralisação (“shutdown”) parcial dos serviços do governo “não irão dar a lado algum”, declarou neste domingo o principal conselheiro económico da Casa Branca, Kevin Hassett.
Os serviços federais entraram em “shutdown” a 1 de outubro devido à falta de acordo no Congresso para o orçamento do país no próximo ano. Hoje, 5 de outubro, Hassett disse à CNN que ainda vê uma possibilidade de os democratas aceitarem a proposta que está em cima da mesa, evitando assim uma paralisação muito dispendiosa e o despedimento de funcionários do governo – algo que já tinha sido avançado pelo diretor do orçamento da Casa Branca, Russell Vought.
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“O Presidente Donald Trump e Russ Vought estão a alinhar tudo e a prepararem-se para agir se for necessário, mas esperando que não venha a ser preciso”, afirmou Hassett à CNN. “Se o Presidente entender que as negociações não vão levar a lado algum, então começarão os layoffs”, acrescentou.
A Câmara dos Representantes já aprovou um projeto provisório que permite que as agências federais dos EUA possam continuar a ser financiadas – mas falta ainda o Senado.
Esta medida legislativa, conhecida como resolução de continuidade, permitirá – se aprovada pelas duas câmaras do Congresso – que os serviços públicos dos Estados Unidos continuarem a funcionar. Ou seja, esta solução de financiamento de curto prazo ["stopgap spending bill"].acaba com o atual "shutdown".
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A aprovação pelas duas câmaras do Congresso – para tornar este projeto em lei – evitará assim uma paralisação do governo enquanto não há acordo final para o financiamento federal.
Este domingo, Trump descreveu os potenciais cortes de empregos como “layoffs do Partido Democrata”. “Se alguém for despedido, será por causa dos democratas”, declarou, citado pela Reuters.
Os democratas do Senado e da Câmara dos Representantes têm estado a realizar conversações informais para ver se chegam a acordo quanto à saúde e outros assuntos onde há discórdia – e firmarem assim um compromisso que “reabra o governo”.
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O Senado tem agendada para amanhã, 6 de outubro, uma quinta votação da “stopgap spending bill”, mas o que se antevê é que nem a proposta da “House” (controlada pelos republicanos) nem a alternativa democrática tenham luz verde, já que não se espera que obtenham os 60 votos necessários para avançar.
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