A negociação continua. Antes da apresentação do esboço do Orçamento de 2016, Bruxelas e Lisboa estavam a cerca de mil milhões de euros de distância em termos de esforço orçamental previsto para este ano: o programa de António Costa não previa qualquer ajustamento em termos estruturais e a Comissão Europeia pedia uma redução do défice estrutural de 0,6 pontos percentuais – como recomendado ao país desde Junho de 2015. Entretanto, no documento enviado a Bruxelas, o Governo aproximou-se em cerca de 350 milhões de euros (prometendo um ajustamento estrutural de 0,2 pontos), e a Comissão veio deixar claro que o valor está longe dos  mil milhões implícitos na recomendação europeia, e pediu explicações para o desvio.