Segurança Social com excedente de 491 milhões de euros
O saldo orçamental da Segurança Social nos primeiros oito meses do ano melhorou com transferências do OE e menor pressão nos subsídios de desemprego e apoios sociais
A Segurança Social chegou ao final de Agosto com um excedente de quase meio milhão de euros, um valor que beneficia de um crescimento acentuado do financiamento via orçamento do Estado, com as transferências da Administração Central a crescerem 21% em termos homólogos. Este efeito esbater-se-á até ao final do ano.
Ainda do lado da receita, as contribuições pagas pelos trabalhadores continuam a crescer apenas marginalmente (0,2% em termos homólogos para 8.726 milhões de euros), um valor em linha com a previsão no OE. As receitas efectivas totais cresceram 7,9% em termos homólogos, um valor acima da meta de 5% inscrita no OE.
Os números avançados pela DGO terça-feira à tarde apontam para um crescimento homólogo da despesa total efectiva de 6,6% até Agosto, um valor abaixo dos 6,9% implícitos no Orçamento do Estado e que poderá ainda contar com desenvolvimento positivos no resto do ano.
Por um lado, a diferença da taxa de crescimento da despesa com pensões, que está acima dos 10% em termos homólogos, face à meta anual de 6,1% de irá esbater-se. Esta foi pelo menos o aviso da UTAO, na análise à execução orçamental de ate Julho, justificando esse impacto com um diferente padrão intra-anual.
As contas da Segurança Social estão ainda a reflectir um esforço de contenção em várias rubricas. A despesa com subsídio de desemprego até Agosto cresceu 9,8% em termos homólogos, menos que os 10,5% registados até Julho, e aquém dos 14,2% de meta anual. Ao mesmo tempo, os gastos dos primeiros oito meses do ano com Rendimento Social de Inserção e Complemento Solidário para Idosos recuaram 22,4% e 16,8% em termos homólogos, respectivamente.
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