Ordens da saúde aprovam taxa do sal mas querem medidas adicionais

As ordens profissionais da saúde aprovam a taxa sobre produtos com elevado teor de sal, mas querem medidas adicionais de promoção da alimentação saudável.
orçamento aprovação 2017 parlamento
Bruno Simão/Negócios
Lusa 22 de Novembro de 2017 às 07:27

Num documento enviado à Assembleia da República, a que a agência Lusa teve hoje acesso, as Ordens dos Médicos, dos Nutricionistas, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos e dos Médicos Dentistas dão o seu "parecer favorável" à aplicação de medidas sobre o excesso de sal nos alimentos, como a prevista na proposta do Orçamento do Estado para 2018.

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Mas paralelamente, as ordens querem ver garantidas iniciativas para a promoção da educação alimentar e medidas junto da indústria para a reformulação de produtos, segundo o documento enviado ao presidente da Assembleia da República e aos grupos parlamentares e a que a agência Lusa teve acesso.

A diminuição do consumo de sal "deverá ser uma das prioridades nacionais", escrevem as ordens profissionais, lembrando o consumo excessivo em Portugal e as doenças associadas ao excesso de sal.

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Em declarações à agência Lusa, a bastonária dos Nutricionistas defendeu que a verba resultante da taxa sobre produtos com excesso de sal seja aplicada directamente em medidas de promoção da alimentação saudável.

Alexandra Bento frisa que as ordens não querem que a taxa sobre os produtos mais salgados "seja encarada somente como uma medida para obter receita".

"Temos de pegar na verba que seja arrecadada e usá-la directamente na promoção da alimentação saudável, aplicando-a totalmente para este fim", afirmou a bastonária.

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A taxa sobre alguns produtos com elevado teor de sal está prevista na proposta de Orçamento do Estado para 2018, mas partidos como o PCP e o CDS já vieram por em causa a aprovação desta medida.

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