Esquerda fecha acordo para entrada de precários na Função Pública

PS, BE e PCP chegaram a um entendimento para avançar com a integração dos falsos recibos verdes no Estado.
Miguel Baltazar/Negócios
12 de Novembro de 2016 às 12:49

Já há um acordo de princípio entre o Governo e os partidos de esquerda que o apoiom para a entrada de precários na Função Pública.

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De acordo com o Expresso, o Governo chegou a um "acordo de princípio" com o Bloco de Esquerda e o PCP sobre o tema, sendo que a a medida vai ser incluída no Orçamento do Estado para 2017, embora não esteja ainda definido o modelo a adoptar.

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Segundo a mesma fonte, a integração nos quadros será gradual mas ainda está por definir quanto é que a operação vai custar e quantas pessoas serão já abrangidas. Em causa estão os trabalhadores identificados como estando a preencher necessidades permanentes na Função Pública através, por exemplo, de falsos recibos verdes.

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Instado a confirmar esta notícia, o primeiro-ministro afirmou que "não sou comentador das notícias do dia" e que  "sobre o Orçamento falaremos na Assembleia da Republica".

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Pedro Nuno Santos disse ao Expresso que "ainda está a ser trabalhada" com o Bloco de Esquerda e PCP a forma como será alterado o Orçamento do Estado de forma a concretizar a promessa de regularizar o trabalho precário no Estado. "Estamos a dar seguimento a esse compromisso" que foi fixado no Orçamento de 2016 e fazia parte do acordo entre os partidos de esquerda, disse o secretário de Estado.

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As propostas de alteração do Orçamento do Estado têm de dar entrada na Assembleia da República até sexta-feira e Pedro Nuno Santos garante que "está por dias" a divulgação do relatório sobre a precariedade no Estado.

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110 mil precários no Estado?

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Este relatório preparado pelo grupo de trabalho sobre os vínculos laborais ao sector público deu entrada na tutela dentro do prazo previsto (final de Outubro).

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O Bloco de Esquerda, lembrando que faz parte dos acordos assinados pelo PS à esquerda, tinha perguntado ao Governo sobre a data de divulgação deste relatório, tendo invocado contas do economista Eugénio Rosa que apontam para 110 mil trabalhadores precários no Estado e recorda que o combate à precariedade é um "pilar fundamental dos acordos que dão corpo à actual maioria política".

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Pedro Nuno Santos diz agora que só depois de conhecido este relatório será possível quantificar o número de trabalhadores que poderão ser abrangidos por esta medida já em 2017 e os custos desse processo para os cofres do Estado.

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O deputado do Bloco, José Soeiro, afirmou ao Expresso que o objectivo passa por integrar no Estado todos os trabalhadores que sejam identificados como estando a preencher necessidades permanentes na Função Pública através de falsos recibos verdes, falsas bolsas de investigação ou falsos estágios profissionais.

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"Não se trata de contratar mais funcionários públicos, mas sim de integrar trabalhadores que estão a preencher necessidades permanentes, atraves de instrumentos de contratação que não correspondem ao seu vínculo de serviço", afirmou o deputado do Bloco.

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