Sindicatos sugerem cortes progressivos nas pensões (act)
A ideia, a ser debatida com o Governo, é que os pensionistas da CGA, com pensões mais elevadas possam ter cortes superiores a 10% de forma a aliviar a redução das pensões mais baixas.
A Fesap sugeriu esta quarta-feira que os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA) com pensões mais elevadas possam ter cortes mais elevados, de forma a atenuar as reduções a aplicar nas pensões mais baixas.
A ideia foi abordada aos jornalistas por Nobre dos Santos, da Fesap, no final de uma reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, sobre o corte das pensões da CGA.
A primeira versão do diploma, que foi apresentada no início deste mês, prevê que os pensionistas da CGA tenham um corte de 10% sobre a primeira parcela da sua pensão. O que, para quem se reformou até 2005, implica uma redução sobre o valor total da pensão. Esta primeira versão determina que a dimensão dos cortes apenas depende do ano em que a pessoa se reformou e não dos seus rendimentos.
À saída da reunião, Nobre dos Santos referiu que houve alguma “manifestação de abertura [do Governo] para que houvesse um reposicionamento”, nomeadamente entre “as pensões mais altas”. No entanto, sublinhou que esta é apenas uma sugestão a ser trabalhada durante as negociações sobre o diploma.
Nobre dos Santos reiterou que a Fesap está contra o corte nas pensões, e afirmou que o Governo se mostrou genericamente aberto a negociar.
"O Governo diz que é possível negociar. Nós não sabemos em que termos é que isso vai acontecer. Vamos apresentar as nossas posições nas futuras reuniões, mas a posição é a mesma: as pessoas não têm condições para ter cortes nas suas pensões devido à situação económica em que vivem", afirmou o coordenador da Fesap.
"Tudo iremos fazer para chegar a posições mais razoáveis", disse.
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