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PS e PSD de acordo em fechar dossiê das rendas até ao Natal

As alterações à legislação do arrendamento deverão ser votadas em plenário no próximo dia 21 de Dezembro. Até lá, PS e PSD ainda terão de se pôr de acordo sobre que benefícios fiscais vão ser dados aos senhorios.

João Paulo Correia
João Paulo Correia Miguel Baltazar
04 de Dezembro de 2018 às 18:07

Até ao Natal o pacote da habitação tem de estar fechado. Isso mesmo decidiram esta terça-feira no Parlamento os deputados do grupo de trabalho para a temática da habitação, que se reuniu para definir o calendário dos trabalhos. Tal como o Negócios avançou, o PSD apresentou um conjunto de projectos-lei que vão ser discutidos no dia 13, num debate potestativo sobre habitação. Os documentos deverão depois baixar à especialidade - com ou sem votação, ainda está para se ver -, abrindo-se um período para apresentação de propostas de alteração.

"Estamos em condições de ter tudo fechado no dia 21 de Dezembro", antes de o Parlamento ir para férias de Natal, disse ao Negócios o deputado socialista João Paulo Correia. Sem querer ainda avançar qual o sentido de voto do PS às novas propostas do PSD, o coordenador do grupo parlamentar do PS para as questões de finanças e orçamento mostrou-se optimista sobre o desfecho do processo legislativo.

O pacote da habitação, recorde-se, inclui três propostas de lei do Governo e um conjunto de projectos-lei e de propostas de alteração apresentadas pelos vários partidos, incluindo o PS. As votações judiciárias, no âmbito do grupo de trabalho, chegaram a começar, mas acabaram por ser interrompidas por solicitação do PS, que pediu uma suspensão até que terminasse o período de discussão e votação do Orçamento do Estado para o próximo ano.

Na altura, recorde-se, estava-se num impasse, uma vez que o PCP se recusava a dar o seu apoio à criação de benefícios fiscais aos proprietários. Os trabalhos recomeçaram agora, com o anúncio das novas propostas do PSD, algumas das quais já em linha com o que o Governo pretende - benefícios fiscais para contratos de arrendamento de longa duração, mas não só; criação de um regime de arrendamento acessível (também com reduções de IRS); e novas funções para o Balcão Nacional do Arrendamento, que se mantém, ao contrário do que defendem o PCP e o Bloco de Esquerda.

Fora do conjunto está um diploma do Bloco, sobre assédio no arrendamento, que já foi aprovado na generalidade com o aval dos socialistas e que vai ser trabalhado à parte, ou seja, fora do acordo que se desenha entre o PS e o PSD.

Hugo Pires sem incompatibilidades

O grupo de trabalho da habitação será coordenado por Hugo Pires, que substitui Helena Roseta. O deputado havia sido designado pelo PS para o cargo, mas surgiram entretanto notícias de que tem interesses empresariais na área do imobiliário e, nomeadamente, do alojamento local.

Hugo Pires optou por solicitar à subcomissão parlamentar de ética um parecer sobre eventuais incompatibilidades. O parecer, conhecido está terça-feira, conclui pela inexistência de qualquer problema, pelo que o deputado foi definitivamente indicado para coordenar o grupo de trabalho.

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