Famílias viram rendimento real subir quase quatro vezes mais que a média da OCDE
Apoiados pelas reduções fiscais com efeito, sobretudo, no trimestre final do ano e pelas subidas de salários já num momento de abrandamento da inflação, os ganhos de rendimento real das famílias portuguesas superaram largamente os da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no ano passado, crescendo praticamente quatro vezes mais, mostram dados publicados nesta terça-feira.
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Nos cálculos da OCDE, o rendimento real das famílias nacionais terá crescido 6,7% no conjunto do ano, naquela que é a maior valorização observada nos dados já disponíveis e que incluem 16 dos 38 países da organização. Neste grupo estão, no entanto, as grandes economias da instituição sediada em Paris, como a Alemanha, França, Reino Unido, Espanha ou Estados Unidos.
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A variação nacional nos rendimentos em Portugal, já após descontado o efeito da inflação, compara com 1,8% de subida na média do grupo agora calculada com os referidos dados parciais. A melhoria portuguesa fica a dever-se principalmente "às remunerações dos trabalhadores e a uma descida nos impostos pagos", destaca a organização que realiza os cálculos com base nos dados de contas nacionais e inflação verificada apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Os dados trimestrais do ano mostram que o grande impulso para a subida portuguesa veio da reta final do ano, período marcado por significativas descidas de retenções na fonte de IRS destinadas a fazer refletir a redução de taxas de imposto aprovada pelo Parlamento no verão.
No quarto trimestre de 2024, o ganho real de rendimentos das famílias portuguesas foi de 5%, sucedendo a redução real de rendimentos de 1,02% no trimestre anterior, e a ganhos de 2,29% e 2,28% no segundo e primeiros trimestres do ano passado, respetivamente.
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Nos mesmos períodos, em termos médios, as famílias da OCDE registaram ganhos de 0,5% (quarto trimestre), 0,2% (terceiro trimestre), 0,1% (segundo trimestre) e 0,9% (primeiro trimestre).
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