Comissária Europeia: Verdadeiros beneficiários dos negócios devem ser tornados públicos
Os criminosos não podem continuar a esconder-se atrás de sociedades e estruturas opacas e os cidadãos têm o direito a saber quem detém o quê, diz a comissária Vera Jourová, que vai propor o acesso dos cidadãos ao registo central de beneficiários efectivos, no âmbito da directiva que previne a lavagem de dinheiro.
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A nova versão da Directiva europeia para a prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo vem dar um passo em frente na identificação dos beneficiários últimos de sociedades, estruturas e operações. As empresas são obrigadas a ter um registo dos seus accionistas e entidades como a banca, os consultores ou os comerciantes têm de identificar o beneficiário último de uma transacção ou negócio antes de a fazerem. Quem detém o quê fica num registo central, ao qual pode aceder apenas quem tiver "interesses legítimos", mas Vera Jourová, Comissária Europeia que coordena a área, em entrevista ao_Negócios, diz que quer ir mais longe. No próximo dia 7 de Junho proporá ao colégio de comissários que pelo menos o nome e a nacionalidade dos beneficiários últimos sejam do domínio público. Haverá Estados a resistir, mas os Panamá Papers e os ataques terroristas de Paris e Bruxelas poderão funcionar como instrumentos de persuasão.
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