Antigos administradores dos CTT absolvidos pelo tribunal de Coimbra
O presidente dos CTT entre 2002 e 2005, Carlos Horta e Costa (na foto), e os administradores, durante o mesmo período, Manuel Carrasqueira Baptista e Gonçalo Rocha, estavam acusados de, alegadamente, terem provocado prejuízos à empresa, que, de acordo com a pronúncia, ascendem a cerca de 13,5 milhões de euros.
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A venda de um edifício dos Correios em Coimbra, na Avenida Fernão de Magalhães, em março de 2003, por 14,8 milhões euros à empresa Demagre, que, no mesmo dia, o revendeu à ESAF-Espírito Santo Fundos de Investimento, SA, por 20 milhões de euros, foi um dos assuntos que esteve em destaque no julgamento.
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O Tribunal considerou não ter ficado "demonstrado" durante o julgamento, iniciado em 26 de Novembro de 2012, que, naquela transacção, "houve dano para os CTT".
Mas "se houve", sublinhou o juiz presidente do colectivo, Manuel Figueiredo, durante a divulgação do acórdão, hoje à tarde, "não se provou que fosse por conduta dolosa dos arguidos".
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Os CTT foram, assim, condenados a pagar as custas do processo de pedido de indemnização que tinham instaurado aqueles três antigos gestores da empresa.
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Dos restantes oito arguidos, três foram absolvidos e cinco condenados, mas as penas de prisão aplicadas a três deles ficaram suspensas.
Júlio Macedo, Pedro Garcez e Luís Vilar, que foram pronunciados por branqueamento de capitais e por corrupção para ato ilícito, os dois primeiros por corrupção ativa, o último por corrupção passiva, foram condenados a dois anos e quatro meses, a dois anos e sete meses e a quatro anos de prisão, respectivamente.
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As penas aplicadas àqueles arguidos ficam suspensas por iguais períodos aos das suas respectivas durações, embora o ex-vereador da Câmara de Coimbra Luís Vilar tenha de fazer prova de residência.
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Os três arguidos foram ainda condenados ao pagamento de 25 mil euros cada um, montante que reverterá a favor de duas instituições de solidariedade social de Coimbra.
O Tribunal condenou Paulo Silveira a 150 dias de prisão ou ao pagamento de cem euros e Marcos Lagoa, que foi ouvido por fraude fiscal, a pagar 20 mil euros ao Estado, acrescidos de juros de mora.
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Victor Camarneiro , acusado de corrupção passiva para ato ilícito, Vítor Silva, Carlos Godinho e Paulo Jorge Silveira, que responderam pela acusação de prática de crime de participação económica em negócio, foram absolvidos.
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Além da transacção do prédio dos CTT em Coimbra, no julgamento também esteve em destaque a venda de um imóvel dos Correios em Lisboa, na avenida da República, e actos de gestão daqueles antigos gestores, relacionados com a contratação de empresas de consultoria, assim como contratos com a Rentilusa e de gestão de frota em outsourcing com o grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN).
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