“Eu show Sócrates” no Campus da Justiça. O balanço do julgamento da Operação Marquês

O ex-primeiro-ministro esteve igual a si próprio nos primeiros dias do julgamento, em que procurou contrariar alguns dos argumentos do Ministério Público. A análise do jornalista Carlos Rodrigues Lima.
“Eu show Sócrates” no Campus da Justiça. O balanço do julgamento da Operação Marquês
Negócios com Lusa 15 de Julho de 2025 às 20:51

O antigo primeiro-ministro José Sócrates procurou defender-se em várias frentes esta terça-feira, negando ter instrumentalizado ministros para que estes realizassem atos ilegais no concurso do TGV, um dos dossiês em que está acusado de ter sido corrompido pelo grupo Lena.

Sócrates alegou também que o Governo português desconhecia que a Venezuela pretendia construir casas quando ocorreram as transferências que a acusação considera serem subornos pagos pelo grupo Lena para obter apoio privilegiado no projeto.

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Sobre a origem dos seus rendimentos, Sócrates assegurou também que, em meados de 2012, a mãe lhe deu 450.000 euros da venda de uma casa, porque sabia que não tinha rendimentos desde que saíra do Governo, um ano antes.

Este foi um dia também em que Sócrates sofreu uma derrota jurídica: o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido de recusa apresentado pelo ex-primeiro-ministro, visando declarações do Procurador-Geral da República (PGR), "por manifestamente infundado".

Em causa estavam as declarações de Amadeu Guerra, que disse que Sócrates teria oportunidade no julgamento de "provar a sua inocência".

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