PGR confirma buscas a presidente da ADSE por "corrupção passiva"
O Ministério Público confirmou as buscas da Polícia Judiciária no gabinete do presidente demissionário da ADSE, Carlos Liberato Batista, por "suspeitas da prática de crimes de corrupção passiva em serviço da ADSE".
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Em nota publicada, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) confirmou que "foram realizadas várias buscas domiciliárias e não domiciliárias, no âmbito de um inquérito que tem por objeto a investigação de suspeitas da prática de crimes de corrupção passiva em serviço da ADSE". Em causa estão "factos denunciados envolvem o eventual pedido de contrapartidas ilícitas tendo em vista a eliminação de inquéritos abertos na ADSE a clínicas com acordos com este Instituto", lê-se.
"O processo encontra-se em segredo de justiça. O inquérito prossegue as investigações dirigido pelo Ministério Público (8ª secção do DIAP de Lisboa) com a coadjuvação da UNCC da PJ", acrescenta a PGDL.
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Tal como a Sábado avançou, inspectores da Unidade Nacional contra a Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária realizaram, esta segunda-feira, dia 2, buscas no gabinete do presidente demissionário da ADSE. Segundo informações recolhidas pela Sábado, há suspeitas de pagamentos encobertos como contrapartida para a assinatura de convenções entre a ADSE e clínicas privadas. O dirigente, porém, não foi constituído arguido.
Além do gabinete, os inspectores da Judiciária estiveram ainda na casa de Lisboa do presidente demissionário da ADSE. Carlos Liberato Batista demitiu-se no passado mês de Abril, dias antes de a TVI emitir uma reportagem que levantou suspeitas sobre a sua gestão na Associação de Cuidados de Saúde da antiga Portugal Telecom.
Segundo a TVI, numa auditoria que nunca foi denunciada às autoridades, concluiu-se que foram detetadas irregularidades graves em 40 dos 50 fornecedores e prestadores de serviços à associação, existindo, alegadamente, empresas fantasmas que não comprovaram a prestação dos serviços.
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Ao longo desta terça-feira, a Sábado tem tentado contactar Carlos Batista, assim como o Ministério da Saúde, sem sucesso.
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